Enrico Arantes de Almeida Alonso (*15/10/2010)


  Saga Agrária do Enrico: Sec. XV até Sec. XXI


Portugal, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia


ANIBAL Julho 2017, atualizado Janeiro 2022.



Minha intenção é resgatar o conhecimento do papel de nossos avós, e sua relevância para a construção da nação, nos 3 períodos da história do Brasil: colonia, império e república.


Enrico, eu fiz essa resenha histórica de 9 glebas de terra e seus donos, que são seus avós para que no futuro, quando vc tiver seus filhos e netos, ela sirva para informá-los corretamente sobre a sua vinculação/ligação de mais de 5 séculos à terra, tanto em Portugal, como no Brasil, assim sendo, quando vc for à fazenda Santa Rita aproveite, numa manhã de sol e céu azul, para sentar-se no canto do terraço da casa grande e ficar algum tempo olhando a água da represa, as montanhas de Minas ao longe e o café plantado, [até 2013, agora é soja ou milho] e se perca em lembranças recuperando o tempo passado e, talvez, sua memória possa recriar o que sua mãe contava do pai dela, e essa resenha confirma, que seu avô Anibal, ou seu vovô Bal como vc me chamava quando era pequeno, gostava de sentar-se nessa mesma posição e ficar quieto sonhando com o passado longínquo, lembrando-se da longa sequencia de nossos avós donos de terra, que começa no século XV em:


1] Portugal, com seu 15ºavô João de ArantesCondestável do Rei em 1488, (Chefe militar), que comprou uma Quinta em 1495 em Carrazedo, Portugal




Quinta de Romay, Carrazedo, Portugal, Sec. XV até Sec. XVI


João de Arantes, o 1º Arantes15ºavô de Enrico, foi o Senhor da Quinta de Romay comprada em 1495 de Pedro Nogueira, tabelião e escudeiro de João Teixeira Chanceler-Mor do reino. (Prova documental: o Padre Marcelino Pereira, séc. XVIII cita o Livro do pão que se pagava ao Cabido de Braga para provar que os Anantes/Arantes eram senhores da Quinta de Romay).


2] e continua no Brasil a partir do seu 14ºavô Balthazar de Moraes de Antas, Juiz em São Paulo em 1579, dono de terras no Ipiranga cerca de 1560:


Genealogia Paulistana, de Luiz Gonzaga da Silva Leme, (*1852 - †1919)


Título Moraes: Volume VII: Pág. 03, Pg. 25 e 56


Volume VII pg 3 > Moraes: Esta família teve princípio em Balthazar de Moraes de Antas, 12º avô de Anibal, que de Portugal passou a S. Paulo onde casou com Brites Rodrigues Annes f.ª de Joanne Annes Sobrinho, que de Portugal tinha vindo a esta capitania trazendo solteiras três filhas, que todas casaram com pessoas de conhecida nobreza.


Pedro Taques, de quem copiamos esta notícia sobre os Antas Moraes e que por sua vez copiou-a do título dos Braganções na livraria de José Freire Monte Arroio Mascarenhas em 1757.




3] continuando com seu 7ºavô Antonio de Arantes Marques, Capitão-Mor de Aiuruoca em 1772, que fundou em 1768  a fazenda Conquista de gado e cana em Aiuruoca, MG, planta da Fazenda Conquista de 1939:




Museu Regional de São João del Rei: Tipo de Documento: Inventário


Ano: 1816: Caixa: 05


Inventariado: Antonio de Arantes Marques.


Inventariante: Ana da Cunha de Carvalho


Local: Baependi



4] com seu 6ºavô Manoel de Avellar e Almeida que fundou fazenda de café no fim do Sec. XVIII em Vassouras, RJ:


O casal Manoel e Susana de Avellar e Almeida, 4ºs avós de Anibal,era dono da Fazenda Boa Vista do Mato Dentro. O casal tem o inventário nº 435 da Caixa nº 90 do Centro de Documentação Histórica da Universidade Severino Sombra, de Vassouras, informado nas pgs 280, 281, 282 e 305 do livro E o Vale era o escravo, do autor Ricardo Salles.



5] com seu 6ºavô João Gualberto de Carvalho, que foi um Barão do Império, que comprou em 1830 a fazenda das Bicas em Andrelandia, MG,





para criar muares (que foi a maior fazenda de criação dessas mulas de transporte do Império) e tinha uma fazenda em Conservatória, RJ, para plantar café:


1º Barão de Cajurú, Decreto Registrado no Livro VIII, Pag. 54, Seção Histórica do Arquivo Nacional, com petição feita a 9/6/1860, pelo Visconde do Bonfim e pelo Visconde de Ipanema a Pedro II. Nasc. e bat. em 1797, São João d’El Rei, fal. 21/2/1869, S. Miguel do Cajurú, Ten-Coronel da Guarda Nacional, Comendador da Ordem da Rosa em 1849 e da Ordem de Cristo.


6] com seu 3ºavô Joaquim Rodrigues d’Almeida que, em 1890, formou a fazenda Baguary de café em Araraquara, SP. Sua mãe deve ter-lhe contado que seu avô Bal, teve um sonho assim que ela casou com o seu pai, em 2007, que era de família de fazendeiros de café, eu sonhava com sua mãe e seu pai, andando com vc pelo cafezal para inspecionar a floração e depois os grãos de café, e que eu dizia que vc tinha a terra brasileira no sangue, pois desde o Sec. XVI na época da Colônia, sua família tinha terras, e depois no Império, em Vassouras, RJ, plantou café até a queda da Monarquia e, logo em seguida, o café continuou sendo plantado na República, até 1938, por seu 3ºavô Joaquim Rodrigues d’Almeida, em Araraquara, SP, sem nenhuma quebra de linha, pois ele era casado com Bernardina, que era 3ªneta de seu 7ºavô Antonio de Arantes Marques e 2ºneta do seu 6ºavô Manoel de Avellar e Almeida, mantendo assim uma continuidade de sangue no café, desde o Séc. XVIII. Depois do casamento de sua mãe com seu pai, cujo avô Geraldo, seu 2ºavô, era dono de terra onde plantava café, sua saga agrária continuou no Brasil sem interrupção, numa linhagem contínua de 15 gerações, com 473 anos de história, desde o nascimento de seu 14ºavô, Balthazar em 1537, até seu nascimento em 2010, e chega até hoje. Na última colheita do café de 2013, seu pai mandou para seu avô Bal, 1 foto sua com menos de 3 anos de idade revolvendo os grãos de café para secar bem, no terreiro de café da Fazenda Santa Rita e seu avô Bal chorou de emoção quando viu essa foto, pois eram 233 anos (Sec. XVIII > Sec. XXI) contínuos de café, que se encerram em 2013. Pensando em vc, e nos seus filhos e netos, meus descendentes que eu não vou conhecer, seu avô Bal preparou cuidadosamente a história oficial dessas fazendas e da gente que nelas viveu, com provas documentais, fontes bibliográficas e fotos, para que vc jamais se esqueça de sua gente e de sua origem agrária e ame a terracomo seu avô Bal amou, e que vc sinta essa intensa necessidade de horizonte aberto, terra e verde que eu sentia, e passe todo esse encantamento com a terra para esses meus descendentes, até o fim dos tempos.





Enrico, na última colheita plena de café, Julho, 2013, fazenda Sta. Rita, Bragança, SP, completando 233 anos de café em sua família.


 7] com seu 2ºavô José Del Grande pai de sua avó Maria José, que em 1962 comprou a Fazenda São Judas, em Matão, SP, de laranja e gado, vendida em 2010.


   Casa Grande e pé de Pau-Brasil atrás de Anibal


 



Piscina e aléia de palmeiras de cocos


 


Sec. XXIa saga agrária de Enrico continua pela herança paterna, pois a família de seu pai, Felipe Augusto Alonso, é dona de 2 fazendas:


8] Fazenda Santa Rita em Bragança Paulista, SP, que era de café e agora é de soja e milho, foto de uma das perspectivas da Fazenda ainda com café, agora plantam milho, com as montanhas de Minas Gerais ao fundo.



  Enrico entre a plantação de milho


 


9] Fazenda Barracatú em Curralinhos, BA, à beira do Rio São Francisco e do Rio Grande, que está sendo preparada pelo pai de Enrico, para o plantio de soja e milho com a técnica de pivô para molhar a plantação.


Rio São Francisco



    Pista de pouso: retângulo no meio da foto


 



  Avião pousando 


  


   Chegada


  


    Rio São Francisco


  


   3 na margem São Francisco com barco


  


   Enrico e o São Francisco


  


    Casa da fazenda


 



  Barracão anexo à casa


 



Jegue e família


 


Pivô de 600m de raio para molhar a soja



  Pivô trabalhando


 


  Pivô trabalhando


  


PIVÔ: diametro 1.200m, ao fundo rio São Francisco (drone) 



PIVÔ detalhe do teste com capim


  Teca no trator




Enrico no trator 



  3 no Quadriciclo


   Por do sol no sertão


 
















 
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes