ROTEIRO = 3 CASTELOS NO LOIRE


Anibal de Almeida Fernandes. Maio 2008.


Sair de Paris e visitar os 3 Castelos do Loire:


Chenonceau:



que fica em cima do rio Cher e foi construído por um comerciante riquíssimo e depois passa para a Casa Real. Por ele, na 2ª Guerra Mundial, se fazia a ligação e troca dos prisioneiros entre a França livre do De Gaulle e a França ocupada de Vichy, tem a 1ª escada em caracol com largura e espaço para as mulheres usarem com conforto com suas imensas saias, pois foi exigência das filhas do comerciante que construiu o castelo. A atual fortificação remonta a um pequeno castelo erguido no século XIII. O edifício original foi incendiado em 1411 para punir o seu proprietário Jean Marques por um ato de sublevação. Este reconstruiu o castelo e moinho fortificado no local, durante a década de 1430. Subseqüentemente, o seu endividado herdeiro, Pierre Marques, vendeu o castelo a Thomas Bohier, Camareiro do Rei Carlos VIII de França, em 1513. Bohier destruiu o castelo existente, conservando a torre de menagem (torre Marques), e construiu uma residência inteiramente nova entre 1515 e 1521 o qual teve o prazer de hospedar a nobreza francesa, incluindo Francisco I de França em duas ocasiões.


Mais tarde, o filho de Bohier foi desapropriado, sendo o château entregue ao Rei Francisco I por débitos não pagos à Coroa. Depois da morte deste monarca, em 1547, Henrique II ofereceu o palácio como presente à sua amante, Diane de Poitiers, 20 anos mais velha do que ele, a qual se tornou muito ligada ao château e às suas vistas em conjunto com o rio. Ela haveria de mandar construir a ponte arcada, juntando o palácio à margem oposta. Supervisionou, então, a plantação de extensos jardins de flores e de vegetais, juntamente com uma variedade de árvores de fruto. Dispostos ao longo do rio, mas protegidos das inundações por terraços de pedra, os refinados jardins foram estabelecidos em quatro triângulos. Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando anos de delicadas manobras legais finalmente a beneficiaram com a posse. No entanto, depois da morte de Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade. Uma vez que o palácio já não pertencia à Coroa, a rainha não podia desapropriá-la totalmente, mas forçou-a a trocar o Castelo de Chenonceau pelo Château de Chaumont-sur-Loire. No entanto, tendo apreciado as benfeitorias, resolveu dar continuidade às obras. A Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita. Catarina de Médicis aumentou os jardins e parques do palácio, tornando a propriedade num disputado local para as grandes festas que atraíam a sociedade da época. Quando a rainha Mary Stuart visitou a França, em 1560, Catarina homenageou-a em Chenonceau com uma recepção para mil pessoas, que durou vários dias. Destacaram-se as apresentações teatrais, a presença de pintores para registar o evento, de poetas e de muita música


Ceverny: 



As terras do château foram compradas por Henri Hurault, Conde de Cheverny, Tenente General dos Exércitos do Rei de França e Tesoureiro Militar do Rei Luís XI, do qual o proprietário actual, o Marquês de Vibraye, é descendente. Depois de ter sido recuperado pela Coroa devido a fraude para com o estado, foi doado pelo Rei Henrique II à sua amante Diane de Poitiers. Todavia, esta preferia o Château de Chenonceau e vendeu a propriedade ao filho do primeiro proprietário, Philippe Hurault, que construiu o palácio entre 1624 e 1630. Confiaram a realização do novo palácio ao arquitecto Jacques Bougier (dito Boyer de Blois), que havia assistido Salomon de La Brosse na construção do Château de Blois. A decoração foi acabada pela filha de Henri Hurault e de Marguerite, a Marquesa de Montglas, cerca de 1650, com a ajuda do escultor e marceneiro Hevras Hammerber e do pintor Jean Mosnier (1600-1656), originários de Blois. Durante os cento e cinquenta anos seguintes, o palácio mudou muitas vezes de proprietário, tendo sido empreendidos grandes trabalhos de renovação em 1765. Em 1824, voltaria a ser comprado pela família Hurault. Em 1914, o proprietário abriu o palácio ao público. A família continua a habitar no Château de Cheverny, tendo-o tornado num incontornável château do Loire, famoso quer pelos seus magníficos interiores, quer pela sua colecção de objectos de arte e de tapeçarias. É destaque a matilha de cães de caça do castelo que, conforme a guia, servem para as caçadas às raposas que podem ser feitas por hóspedes pagantes do castelo nas ocasiões apropriadas. 


Chambord:



é de 1500, e era o palácio do Rei Francisco I, tão imponente e orgulhoso e interessado em seu prestigio quanto o Luiz XIV, o projeto é do genial Leonardo Da Vinci e, como tal, é impactantemente ousado e moderno uma vez que tem uma visão futurista em relação aos castelos da época (e mesmo dos castelos feitos depois) que são todos iguais com uma imponente escadaria num canto que leva a uma sucessão de quartos que se abrem uns após os outros sem permitir nenhuma privacidade para os ocupantes (Versalhes, Madri, todos os de São Petersburgo, Viena, etc). Um dos pontos altos da arquitetura de Chambord é a espetacular escadaria aberta em dupla-hélice que é a peça central do palácio. As duas hélices ascendem aos três pisos sem nunca se encontrarem, iluminadas de cima por uma espécie de farol no ponto mais alto do edifício, essa escada leva aos andares com largos corredores, e imensas lareiras para esquentá-los, esses corredores conectam os extremos onde estão quatro imensas torres nos cantos com os apartamentos do rei, da rainha, do conselho etc, etc, mantendo a privacidade de cada ocupante Esses torreões tem inúmeras chaminés cada uma num desenho diferente que se destacam à distancia e lembram o Gaudi da Sagrada Família de Barcelona.


O palácio é imenso (128m de fachada), é considerado o mais belo exemplo de arquitetura renascentista francesa, o palácio é rodeado por um parque arborizado de 52,5km² (13.000 acres) tem uma reserva de gamos fechada por um muro de 31km, (20 milhas). Era usado pelo presidente Giscard d’Estaing, que era aristocrata, para receber chefes de estado para caçadas e os socialistas ficaram com raiva e o abandonaram, após vencer as eleições.


O massivo palácio é composto por uma fortaleza que também forma parte da fachada, a qual tem uma largura composta ainda por duas torres mais largas. O palácio contém 440 salas, 365 lareiras e 84 escadarias. Tem vários ambientes com mobiliário e tapeçarias que dão uma pálida idéia do que teria sido na época de sua função de casa do Rei.


Os telhados de Chambord contrastam com as massas da sua construção e têm sido comparados freqüentemente com a silhueta de uma cidade: mostram onze tipos de torres e três tipos de chaminés, sem simetria, enquadrados nas esquinas pelas torres massivas.


Nota: Em setembro de 1938 a Mona Lisa foi retirada do Louvre, por conta do medo de uma guerra com a Alemanha e levada para Chambord. Em 1939, depois da guerra declarada contra a Alemanha, o Louvre foi esvaziado de 3.691 quadros que foram transportados num comboio de 37 caminhões para Chambord.
















 
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes