Estive pela 1ª vez em Dubai em 2011, quando viajei pelo Queen Mary 2 até Southampton com paradas no Egito, Canal de Suez, Estreito de Messina [ilha de Stromboli com seu vulcão fumegante que cuspiu lava ao lado do navio], Civitavecchia, Monaco, Barcelona, Gibraltrar [passei a 1 milha da cidade]. Voltei pela 2ª vez a Dubai, em 2014, a caminho de Laos, Camboja e Vietnam. Na 1ª vez ficamos num belo hotel na praia de Jumeirah [que é como o Guarujá de antigamente, a praia mais chique e sofisticada em Dubai] com muita gente local andando nas ruas [grupos de rapazes com roupa típica e sandálias, não se vê moças] e um monte de turistas jantando animadamente nas mesas da calçada, tudo muito iluminado e alegre, uma festa, tomei banho de mar no Golfo Pérsico numa água que não é muito quente, a praia foi formada com areia de fora, e é usada pelos locais com as mulheres vestidas e os homens e crianças em roupa de banho. Nessa 2ª vezem 2014, a cidade continua maravilhosa, animadíssima com os mesmos formidáveis Malls, dessa vez conhecemos um novo, o Burjuman Mall, chiquérrimo e caríssimo, só super grifes, o que chamou a atenção é como diminuiu nos Malls os árabes em roupas típicas (camisolão branco para os homens e o vestido negro para as mulheres). Dessa vez, fiz reserva no At.mosphere no andar 122 (442m) do Burj Khalipha (849m) o prédio mais alto do mundo. Valeu a pena, a entrada é pelo Hotel Armani todo em tons de marron e com vasos com flores muito bonitos, com os japoneses que inundam Dubai e são a maioria dos hóspedes. O acesso se faz por elevador privativo de uma única parada no andar 123, a partir daí é um deslumbre, a vista é impactante, o Restaurante fica do lado do deserto e sentamos em mesa de janela (gasto mínimo de 650 Dhirans [400 USD] por pessoa) escolhi um menu degustação delicioso (anexo) a vitela crua com enormes lascas de trufa negra do Perigord estava excelente e a sobremesa de chocolate amargo e doce com folhas de ouro estava bem saborosa [aparece na foto abaixo]. Do lado do golfo Pérsico fica o Bar (gasto mínimo de 150 Dhirans por pessoa). O restaurante estava lotado com ocidentais europeus, japoneses e 2 casais de árabes em roupas típicas, Tommy Hilfiger tinha estado lá no dia anterior também almoçando, que é a hora certa de ir, para ver a extraordinária vista como nos contou nosso garçom, um animado ucraniano de 23 anos.
Dubai continua uma ilha da fantasia cara e excêntrica em contínua festa, formada do nada em apenas 40 anos, com 83.600km2 e 200 ilhas, o NGM de Janeiro de 2014 na pg. 79 informa que, dos 2.1000.000 de hab. apenas 210.000 são Emiratis (nativos), os demais vem do mundo inteiro para trabalhar.
Menor em área e população que seus vizinhos mais destacados —e ruidosos— Arábia Saudita e Irã, os Emirados têm reservas de petróleo menores, mas expressivas: 5,7% do total mundial. Respondem também por cerca de 5% das produções globais de óleo e gás. Com os lucros do petróleo, a nação —criada há apenas 49 anos com reunião de sete emirados— se urbanizou de forma acelerada e consolidou a infraestrutura interna. A meta agora é se transformar em “hub”, um ponto de conexão, tanto no sentido físico quanto no simbólico. FSP-NOV/2019
Os 7 Emirados tem 4.700.000 de hab. com o Dirham (USD=3,65Dhs) e muita atenção: não se deve abraçar ou beijar em publico, nem fotografar prédios públicos, áreas internas do aeroporto e as mulheres árabes. É impressionante a quantidade de Ferraris, Masserattis Lamborghinis e Bugattis Veyron, essa vez vimos um novíssimo Rolls Royce cor perola, chapa 65, na frente do Emirates Mall:
#Abu Dhabi: é o maior, cerca de 72.000km2, é o mais rico, pertence à família al Nahyan, com o atual príncipe coroado Mohammed bin Zayed Al Nahyan, a capital tem 530.000hab., e com a crise de Dubai está se tornando um pólo de construção e empresas, Tem a belíssima Mesquita SheikhZayed, enorme, branca, elegante e luxuosa, com imensos jardins sendo construídos que a transformarão num oásis.
Panoramica de Abu Dhabi
Mesquita branca
#Dubai: com 3.600km2, (a cidade de São Paulo tem 1.550km2 e 20 milhões de hab.), sua capital tem 920.000hab, até a crise de 2008 era o mais extravagante e mais dinâmico dos emirados, pertence à família al Maktoum com o atual príncipe coroado Maktoum bin Rashid al Maktoum que passeia numa Mercedes branca chapa nº 1, pelo que diz o guia, os carros até numero 100 são da família real; eles são donos de tudo como o hotel Burj al Arab (=Torre árabe) que é de um mau gosto retumbante na decoração e que dentro mata sua formidável arquitetura com as cores pesadas e contrastantes (o Sheik chegou no hotel quando estávamos tomando chá e tiramos foto com seu símpático motorista, abaixo); tem o restaurante al Mahara que fica sob o mar;
Hotel Burj al Arab
Carro do Rei de Dubai, chapa 1; chapas até 100 são da família real
com o Burj al Khalifa (=Torre do Califa, entre no Google, vale a pena ver esse prédio monumental) o maior prédio do mundo com 849m. e 163 andares num projeto muito bonito com 9 seções articuladas que evitam a ação do vento do deserto fazendo balançar apenas 1m. no topo, para combater esse problema, usaram formas de "confundir os ventos", para reduzir a formação de vórtices, construindo o prédio de forma escalonada, com grandes recuos, (Adrian Smith é o Arquiteto responsável pelo desenho do Burj Khalifa), é rodeado por espelhos d’água com fontes que às 18,00h são acionadas num belíssimo show aquático. Burj Khalifa foi construída pela Emaar Properties pelo total de US$ 1,5 bilhão;
Burj al khalifa o prédio mais alto do mundo = 849m
Foto do lado do Golfo Pérsico: Bar do At.mosphere
Foto do lado do deserto: Restaurante do At.mosphere
Monumental show noturno de luzes e água do Burj al Khalifa
há vários shopping centers (todo mundo se enfia dentro por conta do calor de 50º Celsius no verão), entre eles o Emirates Mall que tem uma enorme pista de esqui com teleférico, num delírio de neve no meio do deserto e intensamente usado pela população, fingindo alegremente que está na Suiça; e no Dubai Mall, o mais vibrante de todos, com grupos de rapazes árabes (alguns de mãos dadas) de camisola branca e sandálias e moças de burca negra com o rosto descoberto (algumas cobertas só se vendo os olhos) conversando e flertando animadamente e tem um belíssimo aquário com centenas de peixes, inclusive enormes tubarões e uma incrível arraia muito amigável e sorridente que se encosta-se ao vidro e parece conversar com a gente. Dubai é o mais irreal dos emirados com seus bairros sobre a água que imitam palmeiras:
e um conjunto de ilhas imitando o mapa mundi, obtidos do golfo pérsico graças a milhões de toneladas de pedra e que deverão conter as casas dos estrangeiros que assim não poluem a terra sagrada do Islã que não pode ser comprada por quem não é nativo dos Emirados.
Hotel na Palmeira
A areia do deserto é avermelhada e extremamente seca
# Outros 5 Emirados: Ajmano menor de todos, Al Fujayrah, Ra’s al Khaymah, Sharjah, Umm al Qayayr.
Há 40 anos essa região era apenas areia do deserto, (que é avermelhada e tão seca que não gruda na mão), onde só havia aldeias de pescadores de pérolas do golfo pérsico. Com o tenente inglês Lawrence (da Arábia) que consegue criar a consciência árabe entre as tribos beduínas, que se espalhavam pela areia sem vida desta terra quente e seca, começa a história contemporânea desses beduínos e suas várias tribos que se unem e derrotam o moribundo Império Turco e depois com o começo da saga do petróleo e a chegada dos ingleses e franceses, como aves de rapina sobre o futuro dos beduínos, tudo muda rapidamente nesta região. A tribo dos Saudi protetores de Meca e Medina e descendentes do Profeta tem a maior porção do território e formam a Arábia Saudita com as maiores reservas de petróleo conhecidas, ao sul forma-se Yemen e Oman e na pequena área do leste faceando o Golfo Pérsico as 9 famílias dos Sheikhs beduínos cujos chefes são chamados de Emir (=daí Emirados) estão mais ou menos encurralados por todos esses agentes e resolvem para sua proteção e sobrevivência fazer uma confederação com saúde e defesa comuns e mantendo suas individualidades. Apenas 7 famílias aceitam e formam em 1971 essa confederação Emirados Unidos, capitaneados pelo Sheikh Zayed bin Sultan al Nahyan.
É muito significativa e impressionante a visão comercial e empresarial das 2 famílias reais Al Nahyan e Al Maktoum, que se abriram para o Ocidente, mas mantêm suas tradições milenares e transformaram Dubai com a Emirates, numa das esquinas do trafego aéreo mundial e se preparam com sabedoria e técnica para o fim do petróleo e poderão manter um ótimo padrão de vida para seus nativos (ninguém obtêm a cidadania nos Emirados e só podem morar aí enquanto trabalham, após a aposentadoria tem que ir embora) graças à inteligência como administram as suas possibilidades.
Nota: viajei as 2 vezes para Dubai com a Emirates e a bolsa oferecida na Business é a melhor de todas que conheço: Air France, Alitalia, KLM, Lan Chile, Lufthansa [desastrosa], Quantas, South Africa, Tam, TAP e Iberia [tem as 2 melhores disposição dos assentos [espinha de peixe na janela vc fica só], as bolsas Emirates são produtos da Bulgari em quantidade e qualidade que supera todas as outras, além disso o tratamento é muito cortes: a Emirates veio nos buscar e trazer em casa, porém a volta da 2ª viagem foi acidentada, o embarque atrasou 2 horas e uma de nossas malas estraviou, além disso tive um problema na tela do meu assento e o chefe de cabine [um malaio grosso e insolente] foi descortes, reclamei, exigi explicações, depois veio o comandante [um brasileiro de Campinas, gentil e atencioso] pediu desculpas e depois a Emirates mandou-me um jogo de malas com desculpas.
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes