Anibal, 25º neto de PELAIO GUTIERRIZ DA CUNHA, Senhor da Honra de CUNHA e Cavaleiro d'El Rei, Patriarca deste Ramo da Família CUNHA que chega até Anibal em 27 gerações em linha contínua em 877 anos (1944-1067) com a média de 32,48 anos por geração. Sec. XI até Sec. XXI, Portugal – Brasil



Anibal de Almeida Fernandes, Novembro 2015.


Esse texto só foi possível graças à pesquisa feita por meu primo, Vinicius da Mata Oliveira, 27º neto de Pelaio Gutierriz da Cunha, baseado na brilhante e profunda pesquisa de Manuel Abranches de Soveral, disponível na base de dados genealógica Roglo (http://roglo.eu/roglo?), e na obra Carvalhos de Basto, outra grande obra.


1- Pelaio Gutierriz da Cunha 25ºavô de Anibal, nascido entre 1066 e 1068 (1067), foi senhor da honra de Cunha, Cavaleiro d’El Rei, fundador dos mosteiros de S. Simão da Junqueira, do Souto e de Vilela.


Pelaio Gutierriz, documentado entre 1130 e 1143, era filho de Gutierre Suares, documentado 1090 e 1106, e de sua mulher Unisco, já viúva de Gonçalo Lucindez, documentado em 1081 e 1093, e neto paterno de Sueiro Osoréis «Raoco».  Este Sueiro, como propõe Pizarro, devia ser filho de Osoredo Paes (e sua mulher Ledegundia), pois ambos possuem bens em Vila Garcia (Vila do Conde), e neto paterno do conde D. Pelaio (Froilaz?) e sua mulher a condessa D. Ximena Fernandes, estes também pais de um Soeiro Paes e de um Tedon Paes referenciados com Guterre Paes na documentação de S. Simão da Junqueira, cujo mosteiro os Cunha eram padroeiros e que teria sido fundado ou refundado justamente por este Paio Guterres da Cunha. Aquela condessa D. Ximena era 4ª neta de D. Ero Fernandes, governador ou conde de Lugo.


Pelaio casou-se 1ª vez, cerca de 1103, com Ausenda Ermiges de Ribadouro, n.c. de 1066, filha de D. Ermigio Venegas de Ribadouro, senhor de Alpendorada e de Unisco Paes; e casou-se 2ª vez com Mor Randufes. Teve  Pelaio do 1º matrimônio:


2- Fernão Paes da Cunha, nascido em 1103, falecido cerca de 1180, foi 1ºsenhor de juro e herdade de Tábua, senhor da honra de Cunha, Rico-homem, ele com sua mulher, teve da infanta D. Tereza (filha de D. Afonso Henriques) a confirmação do senhorio da vila de Tábua (Inquirições de 1258), que tinha sido doado a seu sogro Uzberto. Casou-se com Mor Uzbertis, filha do cavaleiro franco Uzberto, que teve Tábua e Figueira em 1128 e a Lousã em 1135, etc., e de sua mulher Marina. Em 1135 Dom Afonso Henriques, por atenção a Uzberto e sua mulher Marina, concede carta de foro a Miranda do Corvo. Fernão e Mor tiveram:


3- Lourenço Fernandes da Cunha, Cavaleiro fidalgo, nascido cerca 1145, falecido depois de 1225, foi 2ºsenhor de juro e herdade de Tábua, senhor da honra de Cunha, Padroeiro das igrejas de Tábua e S. Miguel da Cunha e dos mosteiros de S. Simão da Junqueira, S. Salvador do Souto e Stº Estêvão de Vilela, etc. Foi senhor de muitos bens espalhados pelo Minho, Douro e Beira Alta. Documentado desde 1171 e falecido entre 1225 e 1228. Documenta-se com sua mulher em 1202. Foi casado com Sancha Lourenço de Macieira, tiveram, dentre outros:


4- Vasco Lourenço da Cunha,  Cavaleiro fidalgo, falecido antes de 1268, Senhor de muitos bens, nomeadamente em Tábua e nos julgados de Faria e Penafiel de Bastuço. Cavaleiro que estava na corte em 1252 e já tinha falecido em 1268. Foi casado com Teresa Peres Portugal, filha de D. Pedro Portugal, que nomeadamente foi governador de Zurara, falecida depois de 1291, tiveram dentre outros:


5- Martim Vasques da Cunha, o Velho, foi 4ºsenhor de juro e herdade de Tábua, 2ºsenhor do morgado de Tábua, senhor da honra de Cunha, Rico-homem, alcaide-mor de Celorico de Basto, falecido em 1305. Foi casado com Joana Rodrigues de Nomães, falecida antes de 1308, tiveram dentre outros:


6- Vasco Martins da Cunha, o Seco, foi 5ºsenhor de juro e herdade de Tábua, 3ºsenhor do morgado de Tábua, Cavaleiro fidalgo, mordomo-mor do conde D. Pedro (1309-23), falecido antes de 1325. Foi casado com Senhorinha Fernandes Chancinho, falecida em 1330, filha de Fernão Gonçalves Chancinho, Cavaleiro, e de Mor Afonso de Cambra. Vasco e Senhorinha tiveram dentre outros: 


7- Martim Vasques da Cunha, 6ºsenhor de juro e herdade de Tábua, 4º senhor do morgado de Tábua, falecido antes de 24/10/ 1333. Casou-se cerca de 1325 com Violante Lopes Pacheco, Senhora de Mafra e Ericeira por seu 2º casamento com Diogo Afonso de Souza, filha de D. Lopo Fernandes Pacheco, 7ºsenhor de Ferreira de Aves, senhor de Penela, e de Maria Gomes Taveira. Martim e Violante tiveram dentre outros:


8- Vasco Martins da Cunha, 18ºavô de Anibal, 7ºsenhor de juro e herdade de Tábua (29/6/1357), 5ºsenhor do morgado de Tábua, Fidalgo do Conselho, alcaide-mor de Lisboa (29/6/1357),  nascido cerca 1328, falecido em 1407, enterrado no convento de S. Francisco de Coimbra. Casou-se 1ª vez cerca de 1356, com Leonor Rodrigues de Vasconcelos (8ºneta de Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal, é 18ªavó de Anibal), filha de Lopo Soares de Albergaria, 9ºsenhor do morgado da Albergaria de S. Mateus, senhor do morgado do Hospital de Stº Eutrópio, em Lisboa (S. Bartolomeu), e de Mécia Rodrigues de Vasconcelos, Vasco casou-se 2ª vez cerca de 1366 com Teresa de Albuquerque. Vasco e Leonor, sua 1ª esposa, tiveram dentre outros:


9- Estêvão Soares da Cunha, o Desassisado, Fidalgo da Casa Real, nascido cerca 1358, devia ter sucedido no senhorio e morgadio de Tábua quando seu irmão Martim o perdeu por ter passado para Castela. Mas depois também este Estêvão Soares foi homiziado em Castela por ter morto o amante de sua mulher, Constança Peres Escobar, e ela própria, filha de João Pires Escobar, fronteiro da Beira. Estêvão e Constança tiveram dentre outros:


10- Mécia Vasques da Cunha, 17ºavô de Anibal, casada cerca de 1415 com Álvaro Rodrigues Carvalho, Senhor da honra e da quintã (grande quinta) de S. Miguel de Carvalho, e seu padroado, e da quinta do Campo e casal da Ribeira, nascido cerca 1380, falecido antes de 14/10/1463, era morador em Basto e escudeiro de Dom João I quando a 26/8/1387 este rei lhe deu as quintas de Queirames e das Cinco Fogueiras da Ribeira, em Vale de Bouro. Álvaro era filho de Rui Lourenço Carvalho, Senhor da honra e quintã de S. Miguel de Carvalho, e seu padroado, e da quinta do Campo e casal da Ribeira, e de  Branca Moniz. Mécia e Álvaro tiveram dentre outros:


11- Rodrigo Álvares Carvalho, Coudel (Capitão de Cavalaria) das terras de Ribamar, Soutelo e Vila Seca e seus termos (15/10/1450), escudeiro de Fernão Coutinho e morador em Basto quando a 15/10/1450 foi nomeado coudel das terras de Ribamar, Soutelo e Vila Seca e seus termos. Já era morador na cidade de Porto quando a 27/10/1463 teve mercê real de uma tença anual de 3.000 reais de prata. Casou-se cerca de 1446 com Branca Afonso Diniz, filha legitimada de Afonso Diniz, cônego da Sé do Porto, e de Maria Afonso, mulher solteira. Rodrigo e Branca tiveram dentre outros:


12- Fernão Rodrigues Carvalho, Senhor da quinta de Sobretelões, alcaide de Celorico de Basto, escrivão das sisas (14/10/1469) e escrivão dos órfãos (1/11/1469) da vila de Celorico de Basto e seu termo, nascido cerca 1446, Escudeiro de Fernão Coutinho, que a 14/10/1469 foi nomeado para o cargo de escrivão das sisas da vila de Celorico de Basto e seu termo. Já como Fernão Carvalho, mas ainda escudeiro de Fernão Coutinho, renunciou a este cargo a 22/1/1475. Foi nomeado escrivão dos órfãos da mesma vila a 1/11/1469. Em 1482 era alcaide de Celorico de Basto nomeado por Fernão Coutinho, alcaide-mor. Foi casado 1ª vez com Catarina de Andrade, falecida depois de 1482, e 2ª vez com Inês de Góes. Fernão e Catarina, sua 1ª esposa, tiveram dentre outros:


13- Rui Fernandes Carvalho, Abade de Infesta, que tirou ordens menores em Braga a 3/9/1480 e de epístola a 20/4/1492. Teve de Maria Álvares da Fonseca:


14- Fernão Carvalho da Cunha, Capitão das naus da Índia, que serviu também em Ceuta, onde foi armado cavaleiro, tirou ordens menores em Braga a 13/3/1505, legitimado por carta real de 3/3/1517. Foi casado com Beatriz Viegas da Silva, filha de Fernão Viegas da Silva, senhor da casa da Coutada, em Arnozela (Fafe), e da torre de Atei, em Celorico de Basto. Fernão e Beatriz tiveram dentre outros:


15- Antônia Carvalho da Cunha, Senhora do casal de Ermos, em Fermil (Veade), que herdara de seus pais e que faleceu na casa da Torre de Atães, casou na mesma freguesia de Veade, ou Molares, com Gonçalo do Rego, Fidalgo da Casa Real, Capitão de uma nau na índia em 1572, o qual ainda vivia em 1595. Antônia e Gonçalo tiveram dentre outros:


16- Guiomar Gonçalves Carvalho (ou do Rego), sucessora na Casa da Torre de Atães, onde viveu, casou em Molares com seu parente Gonçalo Gonçalves (da Cunha), Senhor dos casais de Lordelo e do Tijal, na mesma freguesia de Molares. Guiomar e Gonçalo tiveram dentre outros:


17- Gonçalo Carvalho, natural da Casa da Torre de Atães em que sucedeu, e onde faleceu em 21/2/1652, depois de ter vivido no casal do Tijal, em Molares, foi casado 1ª vez em Molares aos 18/7/1606 com Maria Martins, e casou 2ª vez também em Molares aos 10.06.1631 com Domingas Gonçalves, natural do lugar do Seixo, em Veade, e moradora no lugar da Chouça, em Molares, filha de Domingos Gonçalves e de Domingas Rodrigues, senhores do casal da Breia. Gonçalo e Domingas, sua 2ª esposa, tiveram dentre outros:


18- Gonçalo Carvalho, batizado em Molares a 13/6/1644, viveu no lugar da Nogueira e, com dinheiro ganho no Brasil (onde esteve por certo tempo, não se sabe exatamente em qual capitania, retornando depois a Portugal), comprou o solar das Eiras, onde morreu, a 23/8/1720. Casou-se em Molares, a 5/3/1685, com Luísa Pinto, natural da casa do Campo, filha de Francisco Álvares de Carvalho e de Catarina Pinto, Luísa faleceu em sua casa das Eiras, a 30/10/1752. Gonçalo e Luísa tiveram dentre outros:


19- Teodósia Álvares da Cunha, batizada em Molares a 21/1/1697, casou-se também em Molares, a 8/6/1726 com Antônio da Cunha, natural da freguesia de Fafe, filho de Pedro de Freitas e de Catarina Francisca da Cunha. Teodósia e Antônio tiveram dentre outros:


20- Antônio da Cunha de Carvalho, casado com Bernarda Dutra da Silveira, 6ºs avós de Anibal.


Bernarda Dutra da Silveira nascida em Barbacena, MG. Casou com Antonio da Cunha de Carvalho, e foram pais de 13 filhos. Eles se estabeleceram na fazenda dos Pilões em Serranos, Freguesia de Aiuruoca. Antonio era irmão do Tenente Coronel Francisco da Cunha de Carvalho (ASBRAP 9º pesquisa de Aguinaldo Ribeiro da Cunha Filho) e de Domingos Carvalho da Cunha, todos os três filhos de Antonio da Cunha e Teodósia Álvares (estudo “Os irmãos Cunha de Carvalho - Carvalho da Cunha” e inventário de José Pereira de Carvalho - 1814).


Testamento de Bernarda: Eu Bernarda Dutra natural e batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo, hoje vila de Barbacena, filha legitima de Francisco Furtado Dutra e Florencia Francisca das Neves já defuntos e de presente assistente nesta Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Aiuruoca. Ela declara os 13 filhos abaixo:


1)Bento, 2)Antonio, 3)Anna (viúva de Antonio de Arantes Marques, f. a 17/5/1801, 5º avô de Anibal), 4)Cristóvão, 5)José, 6)Thereza (viúva de João Ferreira Villarinho), 7)Theodósia (avó do 1º Barão do Rio das Flores, bisavó do 2º Barão Rio das Flores), 8)Margarida (casada com Custódio José Vieira que aparece no testamento de seu cunhado Antonio de Arantes Marques, 5º avô de Anibal, como arrendatário por 12 anos, da fazenda Conquista, fundada em 1768 em Aiuruoca, MG, que é o berço do Tronco Arantes-Aiuruoca), 9)Maria, 10)João, 11)Francisco (fal.), 12)Isabel (fal.) e 13)Manoel (fal.).


21- Anna c.c. Capitão-Mor de Aiuruoca Antonio de Arantes Marques, 5ºavô de Anibal, Aiuruoca, MG, fundador da fazenda Conquista em 1768, séc. XVIII, que existe até hoje na posse de Arantes. Foram pais de 11 filhos legítimos entre eles Manoel Rufino 4º avô de Anibal, que segue abaixo:


22- Manoel Rufino c.c. Ana Joaquina Carvalho, pais de:


23- Joaquim (*1816) c.c. Ana Elisa Ribeiro do Valle Carvalho (*1825), ela tem o mesmo nome Ana, que a mãe Ana Ribeiro do Valle, a avó paterna Ana Maria Joaquina, a tia paterna Ana do Ingaí, a avó materna Ana Custódia da Conceição, e as bisavós maternas Ana Custódia de Paula e Ana Maria da Conceição é filha do 1º Barão de Cajurú:


24- Ana Margarida (*1842) c.c. João Antonio de Avellar e Almeida e Silva (*1833), neto de Manoel de Avellar e Almeida, Patriarca da Família Avellar e Almeida de Vassouras,


João Antonio de Avellar e Almeida e Silva, 2º avô de Anibal, é neto materno de Manoel de Avellar e Almeida, Patriarca do Tronco Avellar e Almeida de Vassouras, RJ, que tem entre seus descendentes 7 titulares: 6 Barões: Ribeirão, Massambará, Avellar e Almeida, 2º Barão do Rio das Flores, Baronesa de Werneck, 1ª Baronesa do Rio das Flores e o Visconde de Cananéia todos eles ligados à cultura cafeeira.


BRASÃO da FAMÍLIA AVELLAR e ALMEIDA


Este Brasão foi concedido por Carta de Brasão em 1881, e está registrado no Cartório da Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil, Livro II, folhas 9/11, ao Barão de Avellar e Almeida, Decreto de 7/1/1881, cujo título está registrado no Livro X pág. 70 Seção Histórica do Arquivo Nacional. É um título concedido ad personam sul cognome, isto é, dado a uma pessoa específica e apoiado sobre o nome da família do titulado. Esta forma de título só é usada quando o Imperador deseja prestar homenagem também à família, dignificando-lhe o nome. O Brasão tem uma abelha e um pé de café como arma heráldica e pode ser usado pela Família Avellar e Almeida sem o Coronel (coroa) e a comenda, que são exclusivos do Barão e não são hereditários, conforme as leis de heráldica e do Direito Nobiliárquico: Fonte Documental: Mário de Méroe, Estudos sobre o Direito Nobiliário, Centauro Editora, São Paulo, 2000, pgs: 25/26.



Ana Margarida e João Antonio, são pais de:


25- Bernardina (*1869) c.c. Joaquim Rodrigues d’Almeida (*1866) pais:


26- Ana (*1907) c.c. Aníbal de Barros Fernandes (*1904), pais de:


27- Aníbal de Almeida Fernandes (*1944), 25º neto de Pelaio Gutierriz da Cunha, c.c. Maria José Giordano Del Grande pais de:


28- Ana Tereza Del Grande Arantes de Almeida Fernandes, (*1977), 26ª neta de Pelaio Gutierriz da Cunha (*1067), numa linhagem de 28 gerações contínuas em 910 anos com 32,50 anos, em média, por geração, do Século XI (1067) até o Século XX (1977); a 24/8/2007, c.c. Felipe Augusto Alonso, filho de Geraldo Alonso Filho e Ana Regina Alonso. Passa a assinar Ana Tereza Arantes de Almeida Alonso, pais de:


29- Enrico Arantes de Almeida Alonso, (*15/10/10), 27º neto de Pelaio Gutierriz da Cunha.


 

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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes