FAMILIA ARANTES: História resumida e a descendência do Tronco Arantes-Aiuruoca, MG e do Ramo Arantes-Araraquara, SP
Aníbal de Almeida Fernandes, 13º neto de João de Arantes o 1º Arantes, no Século XV, Portugal e 5º neto do Cap-Mor Antonio de Arantes Marques, Patriarca do Tronco Arantes-Aiuruoca, MG, Dezembro, 2014, atualizado Setembro, 2023.
1] João de Arantes aparece pela 1ª vez na história Oficial de Portugal:
Carta de Ofício da Chancelaria de D. João II, de 2/1/1488 que nomeia o escudeiro da Casa Real, João de Arantes,Condestável dos Espingardeiros do Reino (o que equivalia a Ministro da Guerra), no turbulento reinado de D. João II (filho de Afonso V) de quem foi Cavaleiro da Casa Real. D. João II foi 13º Rei de Portugal, entre 1481-1495, o Príncipe Perfeito.
O que é um Condestável no sec. XV:
Condestável substituiu na hierarquia militar o alferes-mor e as suas funções aproximavam-se das que, modernamente, tem o chefe de Estado-Maior e, mais ainda, dos mestres-de-campo-generais dos séc. XVI e XVII (Verbo, Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, vol. IV, pg. 1279).
2]Documentos existentes no Arquivo Distrital de Braga que confirma a existência de João de Arantes, o 1º Arantes:
1º) escriturafeita a 9/3/1508:João de Arantes e sua mulher Genebra de São Payo aparecem nessa escritura relativa à compra de uma herdade vizinha à Quinta de Romay, tendo por testemunhas Francisco Machado, (que foi um dos mais poderosos fidalgos da época, Senhor da Casa de Castro, da Terra de Entre-Homem e Cávado, Senhor da Vila de Lousã, Comendador de Souzel na Ordem de Cristo e sogro do poeta Francisco de Sá de Miranda) e Diogo de Arantes (filho de João e Genebra).
2º)escritura feitaa 16/2/1509:João de Arantes e sua mulher Genebra de São Payo entram como partes no aprazamento ao Cabido de Braga do Casal de Remonte situado na Freguesia de Arentim.
3º) o trabalho Nantes ou Anantes ou Danantes (que hoje he Arantes), de autoria do Padre Marcelino Pereira que viveu em Portugal no século XVIII, que identifica o primeiro Arantes no NobiliárioColeção de Memórias Genealógicas, (2º volume), manuscrito nº 876 do Arquivo Distrital de Braga cujo resumo também está registrado na pg.1.024 doLivro da FamíliaArantes de Américo Arantes Pereira, essa pesquisa (mandada fazer pelo engenheiro lisboeta, Eduardo de Arantes e Oliveira),
3] Origem de João de Arantes, que nasceu, cerca de 1460, sob o reinado de Afonso V, 12º Rei de Portugal:
Crê-se que a origem de João de Arantes seja no Couto de Arantei (Arantes) do Concelho de Salvaterra do Minho do Reino da Galiza e que, provavelmente ele tenha acompanhado, em viagem para Portugal, Pedro Alvarez de Sotomayor, Conde de Caminha, Visconde de Tuy e Senhor de Salvaterra um dos principais aliados de D. Afonso V (12º Rei de Portugal 1438-1481) pai de D. João II.
4] Como aparece o sobrenome Arantes:
João de Arantesque, no século XV, era João de Nantes, cujo sobrenome ficou assim até D. João IV, o Restaurador (1604-1656), 21ºRei de Portugal. Depois o sobrenome mudou para D’Anantes. Na segunda metade do século XVII o sobrenome passa a d'Arantes, ou de Arantes, forma moderna sob a qual passará a ser escrito e o é, até hoje. O sobrenome acompanha a evolução do nome desse lugarejo do Conselho de Chaves, Vila que pertencia à Casa dos Duques de Bragança.
5] Prova da posse da Quinta de Romay:
João de Arantes, o 1º Arantes, foi o Senhor da Quinta de Romay, comprada em 1495 de Pedro Nogueira, tabelião e escudeiro de João Teixeira Chanceler-Mor do reino. O Padre Marcelino Pereira, séc. XVIII, cita o Livro do pão que se pagava ao Cabido de Braga para provar que os Anantes/Arantes eram senhores da Quinta de Romay.
A importância da Quinta de Romay:
Esta Quinta de Romay na freguesia de Carrazedo no Concelho de Amares, pertencera à Casa de Castro que, como diz o Marquês de Montebello, "era o solar de que todos os reis da Europa descendem". O nome Romay vem do Conde D. Romão, filho ilegítimo d’El Rey D. Fruella e neto d’El Rey D. Afonso, o Católico, Reis das Astúrias no século VIII. Nós ficamos sabendo pelas Notas do Marquês de Montebello ao Nobiliário do Conde D. Pedro, que a Quinta de Romay veio para a Casa dos Machados, pela mãe de Vasco Machado, Dona Mayor Mendes de Vasconcelos e que o aforamento do senhorio da Quinta de Romay a João de Arantes pode significar uma compensação pela transferência da Quinta de Nantes ao ramo primogênito e, nesse caso, os Arantes poderiam estar ligados aos Machados, que tem origem no Cavaleiro D. Mem Moniz de Gandarei conquistador de Santarém, (onde está enterrado Pedro Álvares Cabral) que tomou essa vila aos mouros rompendo com um machado as portas da cidade vindo, desse jeito, aos descendentes o apelido de Machado.
6] Qualificação social da Família Arantes em Portugal antes da descoberta do Brasil
Atenção primos Arantes: em relação a todas as famílias brasileiras que eu pesquisei nos registros do Pedro Taques e do Silva Leme, nenhuma outra família descrita começa com um Condestável, Morador da Casa Real, e todas essas qualificações são sinais inequívocos de nobreza e tudo isto com significativa antiguidade já que aconteceu em pleno século XV, ou seja, antes da descoberta do Brasil. Faço um enquadramento histórico para facilitar a compreensão da posição social de João de Arantes, Morador da Casa Real e Senhor da Quinta de Romay, o que lhe dá nobreza, numa monarquiaabsoluta regida pela lei estamental onde o Rei é dono de tudo e de todos e dele depende toda a vida social do reino que é Sua Casa e onde ele faz o que quer. Eu comparo esta importante origem de João de Arantes, o 1º Arantes no séc. XV, com a origem da família Real da Suécia no séc. XIX, uma vez que o atual Rei Sueco descende de um General de Napoleão Bonaparte chamado Bernadotte (que era casado com Desirée Clary, filha de um comerciante de Marselha, que fora noiva de Napoleão e era irmã de da mulher de José Napoleão que foi o rei imposto à Espanha por Napoleão, irmão de José), que foi chamado pelos suecos para ser Rei da Suécia para agradar Napoleão. Tudo isto aconteceu no início de 1800, ou seja, mais de 300 anos após o nosso avô João de Arantes já ser Condestável, Fidalgo de sangue e espada, Morador da Casa Real e Senhor de Romay. Mais um detalhe, os pais e avós deste Bernadotte eram camponeses.
7] Prova da nobreza de João de Arantes:
João de Arantes por ser Senhor da Quinta de Romay [posse de terra era sinal inequívoco de nobreza] e por esse cargo de Condestável d’El Rei, e por ser Morador da Casa Real, torna possível concluir com certeza que João de Arantes era, ele próprio, um nobre por ser um Escudeiro Fidalgo de sangue e espada, Senhor da Quinta de Romay e Morador da Casa Real.
O que era ser um Cavaleiro nessa época:
Felgueiras Gayo, informa que o foro de cavaleiro e escudeiro era sinal de nobreza; principalmente quando o título já era usado antes da reforma feita por D. Sebastião, em 1572, que abrandou as exigências para a concessão dos títulos.
Essa nobreza é novamente provada nessa informação:
8] 3 Troncos no Brasil que descendem de João de Arantes, através de seu 6º neto Domingos de Arantes:
1º Tronco Arantes de Formiga, MG = com 7 ramos básicos
Começa com João, o Patriarca do Tronco Arantes-Formiga, nascido a 25/4/1724, 3º filho de Domingos e 7º neto de João de Arantes.Ele veio para o Brasil, não se sabe a época, e foi dono da sesmaria Serra de Piumhy (Códice 156-160 do Arquivo Público Mineiro) próximo a Formiga. Casou-se com Margarida Maurícia do Sacramento, nascida na Vila de São José, e falecida em 1748. Tiveram 7 filhos que são 8ºs netos de João de Arantes e são os 7 ramos básicos:
1) Antônio Joaquim c.c. Silvéria Luiza da Encarnação, pais de 2 filhos Margarida e Antonio:
1º) Margarida c.c. Bernardino de Faria Pereira pais de 9 filhos:
João Marciano de Faria Pereira, Barão de Piumhi a 27/6/1888, nascido a 1/1/1828, falecido a 7/12/1910. O Barão casou em 1ªs núpcias com sua prima Maria Justina de Arantes falecida sem geração. O Barão casou em 2ªs núpcias com Maria Carolina Alves de Souza Rangel com 4 filhos:
Bernardino, João Nepomuceno, Olimpio e Floricena.
Luiz Antonio, Joaquim, Maria Cândida, Bernardino, Maria Madalena, Margarida, Luisa e Honorato.
2º) Antonio c.c. Maria Tomásia Terra pais de 9 filhos:
Antonio Teodoro, Alexandre, Modesto Pantaleão, Margarida, Wenceslau, Francisco, Maria Justina, Afonso e Tomásia.
2) Maria Madalena c.c. Manoel Antonio de Faria pais de 10 filhos:.
Ana Rosa, Manoel Antonio, Antonio Manoel, Maria Luiza, José (Padre), Francisco, Modesto, Rita, Antonia e Francisca.
3) Antonia Catarina c.c. José Teixeira da Mota pais de 4 filhos:
Antonio, Maria Inácia, José e Jesuína.
4) Francisco (Padre).
5) João Carlos Valentim c.c. Maria Inacia de Nazareth Franco, pais de 11 filhos:
Maria Rosa, Francisca, Helena, Manoel Carlos, Francisca, Antonio Carlos, João Carlos, Francisco Carlos, Maria Carolina, Maria Julia, Ana Arantes.
João Carlos teve em solteiro Benedito Carlos.
6) Manuel c.c. Josefa Maria da Conceição, pais de 2 filhos:
Manoel Bento e Ana Simplício.
7)Francisca c.c. Antonio Afonso Lamounier,pais de 4 filhos:
Antonia, Ana, Antonio e Margarida.
2ºTronco Arantes de Aiuruoca, MG = com 11 ramos básicos
Começa com o Capitão Mor de Aiuruoca, Antonio de Arantes Marques, o Patriarca do Tronco Arantes-Aiuruoca, nascido a 17/7/1738, 9º filho de Domingos e 7º neto de João de Arantes. Ele veio para o Brasil fundou a fazenda Conquista, 1768, século XVIII, em Aiuruoca, MG. Casou-se com, Ana da Cunha de Carvalho, que é filha do Coronel Antonio da Cunha Carvalho e de Bernarda Dutra da Silveira, esta natural de Barbacena, filha de Francisco Furtado Dutra, açoriano da Ilha do Fayal, nascido cerca de 1700, e de Florência Francisca das Neves, 7ªavó de Anibal, que é 4ª neta de Balthazar de Moraes de Antas, (Silva Leme, Vol. VII, Título Moraes, pgs: 3, 25 e 56).
Capitão Antonio e Ana foram proprietários da Fazenda Conquista na Freguesia de Aiuruoca, então termo da vila de Campanha da Princesa, com casa assobradada, ermida própria sob orago de S. Antonio do Amparo, paiol, várias senzalas, engenho de cana etc.
Foto das ruínas da ermida (1801) da fazenda Conquista (foto: Iracema Arantes)
Ana faleceu aos 05-05-1824. Em seu testamento, ditado aos 06-07-1822 e registrado na Matriz de Aiuruoca aos 06-05-1824, declarou os filhos: Francisco; Thomas; Padre Antonio já falecido; Manoel; Jerônimo; Maria casada com José Correa; Theodosio; Veríssimo; Raymundo.
Antonio e Ana tiveram 11 filhos que são 8ºs netos de João de Arantes e são os 11 ramos básicos:
1) Francisco c.c. Anacleta Felisbina do Sacramento com 11 filhos:
7) Theodózio c.c. Antonia da Cunha Vasconcelos, com 4 filhos:
Jeremias, Leocádia, Proto e Carlos.
8) João c.c. Emilia Flavia Pedroso de Barros com 2 filhos:
Constancia e Umbelina Flávia.
9) Joaquimc.c. Inacia da Cunha com 2 filhos: Veríssimo e Generosa.
10) Veríssimo Plácido c.c. Escolástica Joaquina do Nascimento, com 9 filhos:
Máximo, Cândida, Antonio, José, João, Maria, Lina Dina, Francisco e Francisca.
11) Raimundo Penaforte c.c. Francisca Theodora Rodrigues de Vasconcelos com 11 filhos:
Ana Francisca, Maria Umbelina, Antonio Joaquim, Bernarda Theodora, Francisca Theodora, Cassiano, Emerenciana Theodora, Manoel, Emanoela Theodora, José Antonio, Mathildes.
Antonio de Arantes Marques quando solteiro teve com Inácia N. de Rosa 1 filho: Manoel de Arantes Marques que ele reconheceu e foi co-herdeiro em seu testamento com descendência em Aiuruoca.
3º Tronco Arantes de Cunha, SP = com 5 ramos básicos
Começa com um neto de Maria, nascida a 11/8/1720, 1º filho de Domingos, ela não veio para o Brasil. Seu neto, João Manoel de Souza Arantes, 9º neto de João de Arantes, é filho de Francisco de Souza e de Elena Martins Arantes que é filha de Maria. João Manoel veio para o Brasil com D. João VI, recebeu a 1/9/1809 carta para exercer a Arte da Cirurgia no Reino, radicou-se em Cunha e mudou-se para Queluz em 1820. Casou-se com Lauriânia Constância de Oliveira, e tiveram 5 filhos que são 10ºs netos de João de Arante e são os 5 ramos básicos:
1)João Constantino, c.c. Jesuína Eufrásia de Oliveira Abranches, com 5 filhos:
João, Jose Manoel, Laureana, Tereza, Antonio Augusto.
2)Delfina Eduarda, c.c. Antonio Jose Ferreira.
3)José Wenceslau, c.c. Tereza do Carmo Ribeiro, com 11 filhos:
5) Joaquina Constança c.c. João Gomes de Siqueira Reis, com 7 filhos:
João, João Manoel, Jose, Tereza, Maria Guilhermina, Laureana Constança (Yayá)(pelo casamento com Francisco Ribeiro Junqueira, é Baronesa de Christina) e Joaquim.
9] Os 59 Ramos e 1 Tronco que ainda não tem esclarecida, sua ascendência até João de Arantes:
1) Tronco Arantes de Tres Pontas, (MG) tendo como Patriarca José Joaquim de Arantes bat. a 29/4/1788 em Viana do Castelo, Portugal, sem relação ainda conhecida com os 3 troncos e 23 ramos já relatados. Jose Joaquim casou-se 3 vezes:
José Joaquim 1º c.c. Emiliana Teixeira de Affonseca, com 4 filhos:
Francisco, Cesário, Antonio, Isabel.
José Joaquim 2º c.c. Beatriz da Silva Mendes, com 2 filhos: José, Simeão.
José Joaquim 3º c.c. Mafalda Vinhas de Castro, com 11 filhos:
João, Ana Isabel, Melchíades, Amélia, Maria Inácia, Martiniano, Clementina, Jose, Francisca, Cecília, Francisco.
2) 31 Ramos em Minas Gerais sem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados e sem relação entre si nas cidades de:
Aiuruoca, Caxambu e Monte Alegre = com 3 Ramos cada,
Piumhi,Arcos, Bocaina de Minas Gerais = com 2 Ramos cada
Prata, Ribeirão Vermelho, Seritinga, São Gonçalo do Sapucaí, Serranos, Soledade de Minas, Uberlândia, Areados, Três Pontas, Baependi, Belo Horizonte, Carangola, Monte Santo de Minas, Natércia, Pains, Pedralva = com 1 ramo cada
3)19 Ramos em São Paulo sem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados e sem relação entre si nas cidades de:
Aparecida do Norte, Botucatu, Caconde, Cunha, Fartura, Piquete, Santa Isabel, São José dos Campos, Serrinha = 1 ramo cada
Brodowski, Batatais = com 3 Ramos cada
Igarapava, Ribeirão Preto = com 2 Ramos cada
3)1 Ramo no Estado do Rio de Janeiro sem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados.
4)1 Ramo em Fortaleza sem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados.
5)1 Ramo em Belémsem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados.
6)1 Ramo em Santa Catarina sem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados.
7)4 Ramos em Pernambucosem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados e sem relação entre si.
8)1 Ramo na Bahia sem relação ainda conhecida com os 4 troncos e ramos já relatados.
10) Ramo Arantes-Araraquara com sua ascendência até João de Arantes registrada em 550 anos de história (1560-2010)
1º) João de Arantes, o 1º Arantes, 13º avô de Anibal,
2) Diogo de Arantes,12º avô de Anibal, casou-se com MariaPires de Besteiros, pais de 5 filhos: Gaspar (n. 1530 e f. 23/9/1615 que sucedeu ao pai como Escrivão dos Órfãos), Simão, GasparQuinteiro (Abade de Carrazedo), Ana,Violante que segue:
Diogo de Arantes, Escudeiro Fidalgo do Rei e Morador da Casa Real, (estas qualificações constam da carta de nomeação como Escrivão e são sinais inequívocos de nobreza), ele foi nomeado, três vezes, Tabelião do Concelho de Entre-Homem e Cávado, a 11/3/1511 e 18/2/1516 por D. Manoel e a 9/9/1522 por D. João III. Era proprietário do Ofício de Escrivão dos Órfãos de Entre-Homem e Cávado e do Couto de Rendufe.
3) Violante de Arantes, f. 12/5/1622, c.c. Simão Gonçalves, Senhor da Quinta Espinheira, pais de:
4) Margarida de Arantes, a 14/8/1585 c.c. Gaspar Rodrigues, pais de:
5) Maria de Arantes, a 11/2/1624, c.c. Manuel Lopes, pais de:
6) Maria de Arantes, b. 6/2/1625, f. 4/5/1709, a 12/8/1646 c.c. Antonio Gonçalves Ferreira, pais de:
7) Francisco de Arantes, 7º avô de Anibal, b. 21/8/1659, f. 6/4/1733, Juiz nas freguesias da Porta e Salvador do Couto do Souto, Distrito de Braga, c.c. Ursula Gonçalves (Fernandes), pais do filho único:
8) Domingos de Arantes, b. 30/7/1693, Salvador do Couto do Souto, Braga, c.c. Josefa Marques, pais de:
9) Antonio de Arantes Marques (Capitão-Mor de Aiuruoca), 5º avô de Aníbal, Patriarca do Tronco Arantes-Aiuruoca, n. 1738, f. 1801, enterrado na Matriz de Aiuruoca, c.c. Ana da Cunha Carvalho, (*1747 -1824), filha de Antonio da Cunha Carvalho,
Testamento (1801) Capitão-Mor Antonio Arantes Marques (Gilberto Furriel)
pais de:
10) Manuel Rufino de Arantes, c.c. Ana Joaquina, irmã do 1º Barão de Cajurú, pais de:
11) Joaquim Carvalho Arantes, c.c. Ana Elisa filha do 1º Barão de Cajurú (é irmã da Viscondessa de Arantes, da Baronesa de São João d’El Rei e do 2º Barão de Cajurú),
João Gualberto, 1º Barão de Cajurú a 30/6/1860, 4º avô de Anibal. Foi Juiz de Paz do Distrito e Tenente Coronel da Guarda Nacional do Turvo, com destacada atuação na Revolução Liberal de 1842. Em maio de 1849 recebeu a mercê honorífica da Imperial Ordem da Rosa, prestando solene juramento como Comendador, era Comendador da Real Ordem de Cristo. Casado com Ana Inácia Ribeiro do Valle, 1ª Baronesa de Cajurú, cerca de 1819.
12) Ana Margarida, c.c. João Antonio de Avellar e Almeida e Silva,
João Antonio, neto materno de Manoel de Avellar e Almeida, Patriarca do Tronco Avellar e Almeida de Vassouras, RJ,4º avô de Anibal,
Brasão concedido a 22/11/1881, que está registrado no Cartório de Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil e que pode ser usado pela Família Avellar e Almeida, por ser um título concedido pelo Imperador Pedro II, na modalidade ad personam sul-cognome, querendo com isso, honrar toda a família do Barão). O Brasão poderá ser usado pelos descendentes, (Fonte Documental: Mário de Méroe, Estudos sobre o Direito Nobiliário, Centauro Editora, São Paulo, 2000, pgs: 25/26).
O casal Manoel e Susana de Avellar e Almeida, 4ºs avós de Anibal, era dono da Fazenda Boa Vista do Mato Dentro. O casal tem o inventário nº 435 da Caixa nº 90 do Centro de Documentação Histórica da Universidade Severino Sombra, de Vassouras, informado nas pgs 280, 281, 282 e 305 do livro E o Vale era o escravo, do autor Ricardo Salles.
O scholar de Princeton, Stanley J. Stein, em seu livro Vassouras, a Brazilian Coffee County, 1850-1900, editado pela Harvard Historical Studies, 1957.
Manoel tem entre seus descendentes 7 titulares: 6 Barões: Ribeirão, Massambará, Avellar e Almeida, 2º Barão do Rio das Flores, 1ª mulher do Barão de Werneck, 1ª Baronesa do Rio das Flores e o Visconde de Cananéia.
13) Bernardina, n. 25/8/1869, f.18/7/1936, a 30/11/1889, Valença, c.c. Joaquim Rodrigues d’Almeida, n. 23/6/1866, f. 25/2/1937,
Joaquim, filho de Albino Rodrigues d’Almeida, c.c. Antonia neto de José Rodrigues d’Almeida, c.c. Maria do Carmo, Viseu, Portugal sec. XVIII, ele é primo de Joaquim d’Almeida, Barão de Almeida Ramos.
Foto de 1900: Bernardina e Joaquim, avós de Anibal, casal tronco do Ramo Arantes-Araraquara, SP. Da esquerda para a direita: Bernardina (1869-1936), no colo Alzira, (1900-1984). Em pé: Mário, (1893-1958),estudou engenharia na Bélgica (1911-1914) advogado (São Francisco, 1923), Vereador e Prefeito de Araraquara. Joaquim (1866-1937). Na cadeira: Maria, (1898-1969). Em pé: Luisa, (1891-1936). No fim da monarquia, a caminho de Araraquara, SP, por conta da devastadora decadência da região cafeeira fluminense, passaram pelo Rio de Janeiro(foram ao Baile da Ilha Fiscal, junto com os Barões de Muritiba, pois a Baronesa era madrinha de crisma de Bernardina, avó de Anibal, que foi com um vestido amarelo de seda de Macau e com um colar de ouro e esmeraldas, pois as senhoras deviam estar vestidas com as cores do Império). Em 1890, chegaram em Araraquara, depois compraram a fazenda Baguary (a venda do colar de esmeraldas ajudou, pois nessa época do Encilhamento provocado pelo Rui Barbosa a economia estava um caos completo e os antigos Barões na miséria) e Joaquim voltou a plantar café, que é o que ele sabia e gostava de fazer. Tiveram 12 filhos: 1891, 1893, 1898, 1900, 1902, 1905, 1906, 1907, 1910, 1911, 1912, 1914, 6 homens (alguns estudavam no Colégio São Luiz em Itu)e 6 mulheres. Os 6 filhos estudaram em Universidades: Mário, Bernardino e Orlando se formaram em advocacia no Largo São Francisco (SP) e Luiz e José se formaram em Medicina na Praia Vermelha (RJ) e Joaquim abandonou o curso de medicina e cuidou da casa comercial criada por Joaquim para ter fonte de renda alternativa. Em 1936, morrem Luisa e Bernardina e, em 1937, amargurado com esses 2 terríveis golpes e desanimado/desiludido com o café por conta da crise de 1929, Joaquim morre. Em 1938 a Baguary é vendida, (Formal de Partilha, Cartório do 2º Ofício, Araraquara, 7/8/1937). Mário, Luiz e Bernardino Arantes de Almeida são nomes de ruas em Araraquara.
Diploma de Mário Arantes de Almeida, 1913, Liège, Bélgica
Homenagem da Câmara de São Paulo no falecimento de Mário, 1958
14) Anna, n. a 31/12/1907, f. a 24/4/1987, em 1927, c.c. Anibal de Barros Fernandes, n. 1/3/1904, f. 1973,
15) Anibal de Almeida Fernandes, n. em 1944, (15 gerações em 484 anos depois de João de Arantes) c.c. Maria JoséGiordano Del Grande,filha de José Del Grande c.c. Thereza Spina Giordano, neta por parte de pai de Seraphim Del Grande e Judite Del Carlo, todos de Lucca, Itália, neta por parte de mãe de Domingos Giordano, sócio fundador da Casa Bancária Giordano e Carmela Spina, bisneta de Vicente Giordano e Angela Maria Falci, nas. em Torraca, Itália, vieram para São Paulo em 1888. Conforme o Testamento do Cavagliere Francesco Antonio Barra publicado no Estadão, [3/5/1889, coletado por Claudio di Giorgio] foram contemplados no testamento o casal Angela Maria Falci e Vincenzo Giordano. [Angela Maria Falci era filha de Domenico Falci e Camila Bifano Falci. Angela era viúva quando casou com Vicenzo Giordano que, por sua vez, também era viúvo, portanto o parentesco entre Giordano e Barra deu-se pelo fato de Camila ser irmã de Emília Bifano Barra que era esposa do Cavagliere Francesco Antonio Barra, pais de Nicolino, Barão Barra].
16) Ana Tereza Del Grande Arantes de Almeida Fernandes, n. em 1977, 14ª neta de João de Arantes, seu 14º avô, numa linhagem contínua de 16 gerações em 517 anos com 32,31 anos, em média, por geração, do Século XV (1460) até o Século XX (1977), a 24/8/2007, c.c. Felipe Augusto Alonso, filho de Geraldo Alonso Filho e Ana Regina Alonso. Passa a assinar Ana Tereza Arantes de Almeida Alonso.
Atenção: Eu quis retomar o sobrenome Arantes e registrei minha filha única, ao nascer, com o sobrenome que é nosso desde o século XV, ou seja, é um sobrenome anterior ao descobrimento do Brasil.
17) Enrico Arantes de Almeida Alonso, 15º neto de João de Arantes, seu 15º avô, numa linhagem contínua de 17 gerações em 550 anos com 32,35 anos, em média, por geração, do Século XV (1460) até o Século XXI (2010).
Fontes pesquisadas para a estrutura desse trabalho:
. Nantes ou Anantes ou Danantes (que hoje he Arantes), de autoria do Padre Marcelino Pereira que viveu em Portugal no século XVIII, que identifica o primeiro Arantes no Nobiliário Coleção de Memórias Genealógicas, (2º volume), manuscrito nº 876 do Arquivo Distrital de Braga, pesquisa mandada fazer pelo engenheiro lisboeta Eduardo de Arantes e Oliveira.
BIBLIOGRAFIA consultada para estruturar este trabalho:
. Provas Documentais:
. Pereira, Américo Arantes - A Família Arantes, estudo genealógico, Editora Legis Summa Ltda., Ribeirão Preto, 1993, editado por Flávia Meirelles Pereira Ferriani, filha do autor.
. Arantes, Arnaldo - A Família Arantes, Saraiva S.A., SP, 1953.
. Testamento e Inventário do Capitão-Mor Antonio de Arantes Marques: 19/10/1816, Caixa 5, Museu Regional de São João d’El Rei, pesquisado por Gilberto Alves Furriel da Silva, pesquisador in situ, Aiuruoca, MG, 2003.
. Matriz de Aiuruoca: autos do Inventário, pg. 84, maço 5, Maio=1814 e Testamento, de 30/12/1800 de Antonio de Arantes Marques, (fal. 17/5/1801), Fazenda da Conquista, que consta de livro de Óbitos nº 7, pg. 179 verso, Aiuruoca, certificado a 29/8/1814 pelo presbítero: Cassiano Accioli d’Albuquerque. Museu Regional de São João del Rei, Tipo de Documento: Inventário, Ano: 1816, Caixa: 05.
Bibliografia:
. E o Vale era o escravo, Ricardo Salles, Civilização Brasileira, 2008 > Manoel de Avellar e Almeida, pgs: 280/281/282 e Centro de Documentação Histórica Severino Sombra (CDH), > inventário nº 435, caixa 90, pg. 305.
. Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Braga, a 19/11/1946, carta do Diretor Francisco Lopes Teixeira informa que os Arantes são oriundos das Freguesias do Salvador do Couto do Souto e de São Mateus da Ribeira, hoje pertencentes ao Concelho de Terras do Bouro, Distrito de Braga.
. Rheingantz, Carlos G. - Titulares do Império, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, RJ, 1960.
. Guimarães, José - As Ilhoas, pg. 65, Revista Genealógica Latina, Vol.XII, IGB, SP, 1960.
. Fontes para Anibal de Barros Fernandes: pai de Anibal e o Annuário Genealógico Brasileiro, 1º Anno e 3º Ano, pg 179, WIKIPÉDIA. *Waldir Tabasso Fernandes, "Histórias e Fatos da Família Fernandes", São Paulo, 2014. Documentos fornecidos por Cristina Pimenta de Barros Taccola
.A filiação das 3 Ilhoas segue os documentos do Ministério da Cultura dos Açores, abaixo elencados, fornecidos por Helena Freitas da Silva, Mar-2015:
. Stulzer, Frei Aurélio - Notas para a História da Vila de Pati do Alferes, Lito-Tipo Guanabara Ltda., RJ, 1944.
. Fernandes, José de Avellar - Os Morais de São Paulo, Anuário Genealógico Latino,Vol.4 IGB, pgs: 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 76, 77, SP, 1952.
. A Cidade e o Planalto, Gilberto Leite de Barros, Martins, 1967, I Tomo, em especial as pgs: 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16,17, 19, 21, 22, 23, 27, 28, 29, 35, 36, 37, 38, 40, 41, 44, 45, 49, 53, 54, 57, 60, 82, 83, 85, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 123, 124, 164, 168, 169, 173, 174, 180, 186, 188, 191, 193, 196.
. Anuário Genealógico Brasileiro (AGB) do IGB: Anos: I, II, III (fl. 397), IV, VI, VII e IX.
. José Guimarães, dados fornecidos pelo insígne Genealogista de Ouro Fino, MG, sobre a ascendência de Ana da Cunha de Carvalho/Baltazar de Moraes de Antas.
. Genealogia Paulistana de Silva Leme, Vol. VII, Título Moraes, pgs: 3, 25 - Cap. 2 e 56.
. Dicionário das Famílias Brasileiras, Antonio Carlos Cunha Bueno/Carlos Barata, Brasília, 2ª Edição.
. História da Casa de Bragança, http~ip200650/braganca.html.
. Terra de André do autor Marcos Paulo Souza Miranda.
. Brasil: Terra à Vista, Eduardo Bueno, L&PM, 2003. . Cláudio Fortes, autor do Estudo Genealógico ”A Grande Família”, dados fornecidos.
. Mário Arantes de Almeida, fonte primária: anotações sobre A Família Arantes Ramo de Araraquara.
. Família Junqueira, José Américo Junqueira de Mattos, 2004, pg 1311 a 1442.
. Testamento e Inventário do Capitão-Mor Antonio de Arantes Marques: 19/10/1816, Caixa 5, Museu Regional de São João d’El Rei, pesquisado por Gilberto Alves Furriel da Silva, pesquisador in situ, Aiuruoca, MG, 2003.
. Gilberto Leite de Barros, A cidade e o Planalto, Tomo I, pgs: 93 e 94.
The Bee: Symbol of immortality and resurrection, the bee was chosen so as to link the new dynasty to the very origins of France. Golden bees (in fact, cicadas) were discovered in 1653 in Tournai in the tomb of Childeric I, founder in 457 of the Merovingian dynasty and father of Clovis. They were considered as the oldest emblem of the sovereigns of France.
# Jean-Jacques Chifflet: On May 27, 1653 a mason, Adrien Quinquin, working on the reconstruction of the church of Saint-Brice in Tournai, discovered a Merovingian tomb containing various articles, including a leather purse containing gold coins, a gold bracelet, some pieces of iron, and numerous pieces of gold cloisonnéed with garnets, among these the 300 bees. One of the pieces was a ring with the inscription CHILDERIC REGIS, identifying the tomb as that of Childeric I, father of Clovis. The discovery excited great interest in Tournai and Brussels. Archduke Leopold William, Spanish governor of the Netherlands, put his personal physician, Jean-Jacques Chifflet, in charge of studying and publishing the finds. In 1655 he published his work, Anastasis Childerici I Francorum regis, sive thesaurus sepulchralis Tornaci Neviorum effossus et commentario illustratus. Leopold William took the treasure to Vienna when he left the Netherlands in 1656. On his death, the treasure became the property of the Emperor of Austria, Leopold I. In 1665 Leopold gave the treasure to Louis XIV as a gift in recognition of the help of the French against the Turks and against a revolt of Austrian subjects in Hungary.
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes