Brasão do Império de Napoleão 1º (1804-1815)


The Arms depicts a shield with a golden eagle in front of a blue background, within its talons clutching a thunderbolt. The shield is surrounded by Napoleon's red Imperial mantle, filled with golden bees. The shield is topped by the Imperial crown, which sits atop a golden Imperial helmet. Surrounding the shield is the chain and pendant of the Legion d'honneur. Crossed behind the shield are the Scepters of justice and mercy.


No manto vermelho estava bordado abelhas em ouro, que foi a estratégia de Napoleão para substituir a flor de lis dos Bourbon.


The Bee: Symbol of immortality and resurrection, the bee was chosen so as to link the new dynasty to the very origins of France. Golden bees (in fact, cicadas) were discovered in 1653 in Tournai in the tomb of Childeric I, founder in 457 of the Merovingian dynasty and father of Clovis. They were considered as the oldest emblem of the sovereigns of France.



Anibal de Almeida Fernandes, Agosto, 2014, atualizado, Agosto 2020.


Segundo Sergio Bisaggio, essas abelhas decorrem das abelhas em ouro encontradas em 1653, no túmulo do Rei Franco Childerico. Diz ainda que, no túmulo havia muitas jóias de ouro, moedas de ouro, uma espada esplendidamente ornamentada e cerca de 300 abelhas de ouro como descrito no Anastasis Childerici I Francorum regis, sive thesaurus sepulchralis Tornaci Neviorum effossus et commentario illustratus esse tesouro foi ofertado aos Habsburgo que enviaram como presente a Luis XIV, que não se interessou e mandou para a Biblioteca Real. Na Revolução Francesa essa Biblioteca virou a Biblioteca Nacional da França. Quando Napoleão prepara sua transformação em Imperador dos Franceses teve conhecimento do tesouro e, nas abelhas, viu a inspiração para a substituição da flor de lis dos Bourbon. Dessa idéia surgiram as abelhas como arma heráldica do Brasão do Império de Napoleão 1º, e foram motivo de inspiração para outros brasões inclusive no Brasil Imperial quando, em 1881, o Brasão do Barão de Avellar e Almeida quando recebeu a concessão de seu Títullo do Imperador Pedro 2º



Este Brasão foi concedido por Carta de Brasão a 22/11/1881, e está registrado no Cartório da Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil, Livro II, folhas 9/11 ao Barão de Avellar e Almeida, Decreto de 7/1/1881, o título está registrado no Livro X pág. 70, Seção Histórica do Arquivo Nacional, foi um título concedido pelo Imperador Pedro 2º (Chefe da Casa Imperial do Brasil), ad personam sul cognome, isto é, dado a uma pessoa específica e apoiado sobre o nome da família do titulado. Esta forma de título só é usada quando o Imperador deseja prestar homenagem também à família, dignificando-lhe o nome.


 O Brasão pode ser usado pela Família Avellar e Almeida sem o Coronel (coroa) e a comenda, conforme as leis de heráldica e do Direito Nobiliárquico




A Banda diagonal vermelha com 3 estrelas de prata, postas em pala, representa trabalho árduo. A Abelha, à direita, simboliza a operosidade, confirmando o trabalho árduo. O Cafeeiro, à esquerda, mostra a atividade do Barão de Avellar e Almeida, Laurindo de Avellar e Almeida, que era fazendeiro de café como toda a família AVELLAR e ALMEIDA


Atenção: só o título sul cognome permite hoje em dia, caso haja Brasão registrado no Cartório de Nobreza e Fidalguia do Império, o uso deste Brasão pela Família, conforme a opinião dos estudiosos do direito heráldico brasileiro. (Fonte Documental: Mário de Méroe, Estudos sobre o Direito Nobiliário, Centauro Editora, São Paulo, 2000, pgs: 24/26).


Abelha Grécia Sec. 7º AC



A abelha como arma heráldica, túmulo Childerico, Sec. V







Abelha Merovíngia (Childerico, Sec. V) usada por Napoleão 1º



Flor de lis dos Bourbon


 Agora vejamos quem era o Childerico, 49º avô de Anibal, foi rei merovíngio dos francos salianos de 457 até sua morte:


Amalarico, (506-531), 11º Rei Godo, 47º avô de Anibal, c.c. Clotilde, (497-531) 47ª avó de Anibal,


Clotilde 47ª avó de Anibal é filha de Clóvis, 48º avô de Anibal que era filho de Childerico Rei dos Francos, 49º avô de Anibal e neto de Meroveu, 50º avô de Anibal. Childerico tem seu registro histórico em 457 como comandante dos Francos, a serviço de Roma, combatendo os Godos, ele morreu em Tornai em 481 e sua tumba foi descoberta em 1653 num cemitério romano. Seu filho Clóvis, filho de uma princesa da Turíngia, nasceu cerca de 465, e assumiu o trono em 481. Em 486 vence o rei dos Romanos, Aegidius, conquistando o território até o Loire transformando esta terra entre o Danúbio e o Loire num Reino Franco.



Clóvis, 48º avô de Aníbal, é importante na historiografia da França como "o primeiro rei do que se tornaria a França", 1º Rei Franco, casou-se com Clotilde, uma princesa católica da Borgonha que o faz se converter e ser batizado a 25/12/497, (ou 498 ou 499) e é mais tarde Santa Clotilde, 48ª avó de Anibal. Esta conversão ao Catolicismo foi estratégica e o ajudou, pois ele, de certo modo, ganhou a ajuda dos armoricanos nos anos seguintes, pois eles o assitiram na sua vitória sobre o Reino Visigodo de Tolouse em Vouillé (507). Esta vitória confinou os visigodos à Espanha e adicionou a Aquitânia ao reino de Clóvis ao vencer seu genro, o Rei Visigodo Amalarico em 507, acabando com o Reino Visigodo de Toulouse-Aquitânia que é incorporado ao Reino Franco, o primeiro reino bem estruturado politicamente entre os bárbaros e que dura 3 gerações, Clóvis morreu em 27/11/511.


Clóvis I, (ou Clodoveu I, também Chlodowech ou Chlodwig, em francês moderno Louis, em neerlandês moderno Lodewijk, em alemão Ludwig) (ca. 46627 de novembro de 511) foi o primeiro rei dos Francos a unir todas as tribos francas sob um único governante, alterando a forma de liderança de um grupo de chefes reais para um governo de um único rei e assegurando que o reinado era passado para os seus herdeiros. Ele é considerado o fundador da França (que seu estado lembra geograficamente aquando de sua morte) e da dinastia merovíngia que governou os Francos durante os dois séculos seguintes. http://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%B3vis


http://www.genealogiahistoria.com.br/index_genealogia.asp?categoria=2&categoria2=1&subcategoria=392



Atenção: o Reino Franco fundado por Clóvis é considerada a 1ª Dinastia Real da França no século VI. A 2ª Dinastia é a de Carlos Magno no século IX e a 3ª Dinastia é a Dinastia fundada por Hugo Capeto em 987. Há um fato genealógico que diz que no túmulo de Childerico foram encontradas 300 abelhas de ouro que Napoleão usou como sua arma heráldica para substituir a flor de lis dos Bourbon.


A tradição diz que, Clóvis, Rei dos Francos, (fundador da 1ª dinastia real francesa, a Merovíngea, no séc. VI, d.C.) recebeu a flor de lis como um presente divino por sua conversão ao catolicismo em 496. Porém, a versão mais provável é que, tendo sido encurralado pelos godos próximo ao rio Reno, em uma batalha decisiva para seu futuro, percebeu que, num trecho do rio, florescia uma grande quantidade de Íris, o que era sinal que o rio dava pé para o exército atravessar e escapar para a segurança e, como disso resultou em sua vitória, Clóvis adotou a Íris, na forma da flor de lis, como sua arma e insígnia. No séc. XII Luiz VII associa a flor de lis ao brasão real da França, o que pode ser uma correspondência ao seu nome, flor de Luiz. Dizem também que Luiz VII, na 3ª Cruzada, 1096, ficou atraído pela flor de lis islâmica e a usou em seu brasão, porém isso é considerado muito improvável, pois o Islã não contribuiu em nada para a heráldica européia, com exceção do manto e o cordão de cabeça estilizados que adornam todos os brasões e que podem ser interpretados tecnicamente como uma proteção para o elmo contra o calor do sol mediterrâneo.


Fontes bibliográficas:


- Anibal e sua ascendência até Clóvis:


http://www.genealogiahistoria.com.br/index_genealogia.asp?categoria=2&categoria2=1&subcategoria=392



- The Art of Heraldry, Origins, Symbols and Designs, de Peter Gwynn Jones. Barnes & Noble Books, Singapore, 1998, pg. 50.



- Estudos sobre o Direito Nobiliário, Mário de Méroe, Centauro Editora, São Paulo, 2000, em especial as pgs: 14, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 38, 43.


-Titulares do Império, Carlos Rheingantz, 1960.


-As Barbas do Imperador, Lilian Schwarcz, 1996.


- WIKIPEDIA


- Sergio Bisaggio: Texto sobre Napoleão.


- http://en.wikipedia.org/wiki/Bee_%28mythology%29


- http://www.napoleon.org/en/essential_napoleon/symbols/index.asp


- Jean-Jacques Chifflet: On May 27, 1653 a mason, Adrien Quinquin, working on the reconstruction of the church of Saint-Brice in Tournai, discovered a Merovingian tomb containing various articles, including a leather purse containing gold coins, a gold bracelet, some pieces of iron, and numerous pieces of gold cloisonnéed with garnets, among these the 300 bees. One of the pieces was a ring with the inscription CHILDERIC REGIS, identifying the tomb as that of Childeric I, father of Clovis. The discovery excited great interest in Tournai and Brussels. Archduke Leopold William, Spanish governor of the Netherlands, put his personal physician, Jean-Jacques Chifflet, in charge of studying and publishing the finds. In 1655 he published his work, Anastasis Childerici I Francorum regis, sive thesaurus sepulchralis Tornaci Neviorum effossus et commentario illustratus.


Leopold William took the treasure to Vienna when he left the Netherlands in 1656. On his death, the treasure became the property of the Emperor of Austria, Leopold I. In 1665 Leopold gave the treasure to Louis XIV as a gift in recognition of the help of the French against the Turks and against a revolt of Austrian subjects in Hungary.


  

Os textos desse site podem ser reproduzidos, desde que se informe o autor e o endereço do site.
 
Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes