FAMÍLA ALONSO também: Alfonso ou Alfonsin ou Aloyto.
Aníbal de Almeida Fernandes, Março, 2010.
Brasão dos Alonso de Burgos, Vale de Valdivieso tem as seguintes armas armoriais: uma banda de verde, limitada por cabeças de dragão de ouro, em campotambém de ouro, na parte superior uma estrela de ouro com 8 pontas em campo azul e na parte inferior um leão rompente de púrpura armado em vermelho e coroado de ouro, bordadura de azul com legenda em ouro: de mi Desiderio godo y del Rey Wamba, sobrino, procede esta Casa em todo, por linea recta y camino.
Conforme registrado no site:
O apelido (sobrenome) Alonso trata de uma ilustre linhagem da época em que, Don Pelayo se retirou para as montanhas de Covalonga, para poder se reorganizar e promover a reconquista da Espanha invadida pelos mouros. Consta da tradição que entre os 300 cavaleiros que acompanharam Don Pelayo havia vários com esse sobrenome Alonso descendentes de nobres godos. Solares antigos desta linhagem houve no Principado das Astúrias nas vilas de Cangas, Onis e Avilés.
Significado para Alonso, há 2 interpretações:
1º) Francisco Piferrer em sua obra Reinos y Senoríos de Espana: assim se refere aos Alonso, há sobrenomes que, por si só, por sua estrutura, etimologia ou derivações revelam sua remota antiguidade, para ele Alonso é usado desde tempos muito antigos tanto como nome como sobrenome escrevendo-se indistintamente: Alonso, Alfonso e Alphonso, que é derivado do nome latino Alphonsus que, por sua vez, provem do nome grego Alphos que significa branco.
2º) Méndez Silva em sua obra Catálogo Real y Genealógico de Espana: diz que Alfonso significava na língua goda: amado, favorecido, querido.
Origem dos vários Ramos e Solares Alonso, há 6 locais:
1º) o primeiro solar dos Alonso estava em Burgos, no vale de Valdivieso, que chamaram de Avieso e do qual vale se apossou Desiderio, sobrinho do Rei godo Wamba, fundando a Casa Alonso em 672 dC.
2º) outros autores dizem que quem criou o solar dos Alonso não foi Desiderio, mas seu descendente legítimo Rodrigo Alonso e que o lugar do solar foi em Condado de la Merindad de Valdivieso, na província de Burgos donde procede Fernando Alonso, companheiro de El Cid (ver Nota Histórica abaixo), que o considerava um seu parente. Destes Alonso procedem também as Casas dos Vales de Toranzo e Carriedo.
3º) Tiro de Avilés registra que o Solar dos Alonso é nas Astúrias de Oviedo e que procedem de um filho do Rei Afonso I, o Católico.
4º) Quintana em sua obra, Nobleza y Grandeza de Madrid, afirma que os Alonso são uma linhagem antiga e que em Madrid, em 1389, na homenagem ao Rei da Armênia, estavam presentes Diego Alfonso e Pedro Alfonso.
5º) Outros Alonso totalmente distintos dos Alonso anteriormente citados, são os Alonso que procedem por linha natural e sobrenome patronímico do Rei de Aragão, Alfonso I, o Batalhador, pelo seu filho bastardo Sancho Alonso.
6º) Outros ramos procedem dos filhos bastardos de Alfonso IX de Castela que mantém o sobrenome patronímico do pai.
Nota histórica, El Cid: Rodrigo (ou Ruy) Díaz de Vivar (Vivar: *1043, Valencia: +1099), chamado de El Cid (do mourisco sidi = senhor) e de Campeador (Campidoctor), foi um nobre guerreiro espanhol que viveu na época em que a Espanha estava dividida entre reinos rivais de cristãos e mouros (muçulmanos). Sua vida e feitos se ornaram com as cores da lenda, sobretudo devido a uma canção de gesta (Canción de Mio Cid), de 1207, transcrita no sec. XIV pelo copista Pedro Abád. Rodrigo, El Cid, nasceu em Vivar, uma pequena aldeia próxima à cidade de Burgos, capital do Reino de Castela. El Cid, órfão de pai aos 15 anos, foi levado para a corte do rei Fernando I, (Rei de Leão e Castela, *1000, +1065, conde de Castela a partir de 1035 e rei de Leão a partir de 1037). Rodrigo, El Cid, se tornou amigo e companheiro do príncipe Sancho. Com a morte de Fernando I, o reino foi dividido entre seus filhos: Castela ficou para Sancho; a Galiza para Garcia; Leão para Alfonso; Toro para Elvira; e Zamora para Urraca. Ocorre que Sancho não concordou com a divisão e passou a lutar pela reunificação e ampliação da herança paterna, sob sua coroa, e nessa luta, contou com a ajuda de Rodrigo, El Cid, nomeado Alferes do reino. Rodrigo tinha 23 anos quando venceu, em combate singular o alferes de Navarra, Jimeno Garcés, façanha que lhe valeu a alcunha de Campeador e, já no ano seguinte, começou a ser conhecido como El Cid, entre os mouros. Investindo contra o irmão Alfonso, Sancho tomou-lhe o reino de Leão e, em seguida, voltou-se contra Zamora, empreendendo o cerco do castelo onde vivia Urraca. Foi durante esse cerco que Sancho foi assassinado a traição, por Bellido Dolfos suspeito de ser agente de Alfonso. Sancho não deixou herdeiros e Alfonso tornou-se rei de Castela, como Alfonso VII. Mas só foi coroado depois de prestar o Juramento de Santa Gadea, exigido por Rodrigo, El Cid, eximindo-se de qualquer envolvimento na morte do irmão. Após esse episódio, as relações entre Alfonso VII e Rodrigo, El Cid, foram se tornando cada vez mais tensas, até que, em 1081, El Cid foi desterrado, pela primeira vez, de Castela.
Neste ponto, sua história é contada em duas versões diferentes.
1ª) Segundo a Canción de Mio Cid, 300 dos melhores cavaleiros castelhanos decidiram acompanhá-lo no exílio, fazendo de Zaragoza seu quartel general e travando batalhas vitoriosas contra os mouros.
2ª) Segundo uma versão alternativa, Rodrigo refugiou-se nas montanhas de Aragão, arregimentando um pequeno exército cujas armas eram postas ao serviço de quem lhes pagasse mais, fosse cristão ou muçulmano. Aliás, é também essa fonte alternativa que, ao mencionar seu casamento com Jimena (ou Ximena), filha do Conde de Oviedo, ocorrido pouco antes do exílio, diz, maliciosamente, que a dama era mais velha do que ele, e muito feia …, porém tinha um patrimônio invejável.
Ao contrário da tradição lendária, que aprecia vê-lo morrendo heroicamente em combate, Rodrigo, El Cid, faleceu numa cama de seu castelo em Valença, num domingo, 10/7/1099. Seus restos mortais, juntamente com os de sua esposa, Jimena, estão sepultados na Catedral de Burgos.
Atualmente na Espanha há 3 títulos de Marqueses Alonso. Esses títulos foram concedidos no século XIX, são eles:
1) Marquês Alonso de Leon: 1ª concessão do título a 18/3/1891 para Elvira Leon Alonso de Leon Moreno,
o título agora está vacante.
2) Marquês Alonso Martinez: 1ª concessão do título a 12/6/1891 para Demetria Martin y Baraya,
o Marquês atual é Manoel Alonso Martinez y Grisone.
3) Marquês Alonso Pesquera: 1ª concessão do título a 2/6/1898 para Teodósio Alonso Pesquera del Barrio,
o Marquês atual é Maria Cristina Alonso Pesquera y Ontama.