Barão de WERNECK




 Decreto Registrado no Livro X, Pag. 125, Seção Histórica do Arquivo Nacional.

Era Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial e Comendador da Real Ordem de Cristo.

Brasão de Armas: De prata com uma aspa vermelha carregada de cinco vieiras de ouro, bordadas de azul. Timbre: a aspa das armas com uma vieira por cima.

O mesmo Brasão foi usado por esses 3 titulares com consangüindade:

1º Barão com grandeza de Palmeiras: Francisco Quirino da Rocha, (Dec. 6/11/1850 = Grandeza)

2º Barão de Palmeiras: João Quirino da Rocha Werneck, (Decr. 13/9/1882),

Barão de Werneck: João Quirino da Rocha Werneck, (Decr. 24/8/1882),

 

Autor: Anibal de Almeida Fernandes, da Família Avellar e Almeida, Janeiro, 2011, atualizado Janeiro, 2021.

 

José Quirino da Rocha Werneck, Barão de Werneck, a 24/8/1882, nasceu em Vassouras, RJ, a 5/2/1842. Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1863, foi fazendeiro em Paraíba do Sul onde tinha a Fazenda das Garças e em Paty do Alferes onde tinha a Fazenda Ribeirão Alegre. Faleceu em viagem de negócios, na cidade de Assis em 1920, interior de São Paulo. Foi sepultado no Rio de Janeiro no cemitério São João Batista.

O Barão de Werneck é filho de Luiz Quirino da Rocha, fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Tenente-Coronel de Milícias, e de sua mulher Francisca das Chagas Werneck.

O Barão de Werneck é neto paterno de Francisco Quirino da Rocha (1780-1858), 1º Barão com grandeza de Palmeiras (6/11/1850).

O Barão de Werneck é neto materno do Sargento-Mór Francisco das Chagas Werneck e bisneto materno de Ignácio de Sousa Werneck o Patriarca da Família Werneck.

Entre os descendentes do casal tronco Ignácio de Souza Werneck e Francisca das Chagas Monteiro e os descendentes de Manoel de Avellar e Almeida, 4º avô de Anibal, radicado em Vassouras, RJ, Patriarca da Família Avellar e Almeida de Vassouras, são muitíssimos os casamentos tornando muito extenso o registro da interligação total entre as 2 famílias: Werneck e Avellar e Almeida.

O casal Manoel e Susana de Avellar e Almeida, 4ºs avós de Anibal, era dono da Fazenda Boa Vista do Mato Dentro. O casal tem o inventário nº 435 da Caixa nº 90 do Centro de Documentação Histórica da Universidade Severino Sombra, de Vassouras, informado nas pgs 280, 281, 282 e 305 do livro E o Vale era o escravo, do autor Ricardo Salles.


O Barão de Werneck é irmão de João Quirino da Rocha Werneck (1846-1926), 2º Barão de Palmeiras (13/9/1882).

A Fazenda Piedade, em Vera Cruz, Rio de Janeiro foi o Berço do clã Werneck. Outras fazendas pertencentes à família foram: Monte Alegre em Paty do Alferes, São Fernando em Vassouras e Sant’Ana do Calçado em São José do Rio Preto, RJ.

O Barão de Werneck casou 2 vezes tendo 7 filhos:

1º CAS.) O Barão de Werneck em 1ªs núpcias casou-se, a 27/5/1865, com Maria do Nascimento de Avelar e Almeida, filha dos Barões de Ribeirão (1867), neta de Manoel de Avellar e Almeida, 4º avô de Anibal, portanto são Avellar e Almeida-Werneck.



BRASÃO da FAMÍLIA AVELLAR e ALMEIDA


Este Brasão foi concedido por Carta de Brasão em 1881, e está registrado no Cartório da Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil, Livro II, folhas 9/11, ao Barão de Avellar e Almeida, Decreto de 7/1/1881, cujo título está registrado no Livro X pág. 70 Seção Histórica do Arquivo Nacional. É um título concedido ad personam sul cognome, isto é, dado a uma pessoa específica e apoiado sobre o nome da família do titulado. Esta forma de título só é usada quando o Imperador deseja prestar homenagem também à família, dignificando-lhe o nome. O Brasão tem um pé de café e uma abelha como arma heráldica e pode ser usado pela Família Avellar e Almeida sem o Coronel (coroa) e a comenda, que são exclusivos do Barão e não são hereditários, conforme as leis de heráldica e do Direito Nobiliárquico: Fonte Documental: Mário de Méroe, Estudos sobre o Direito Nobiliário, Centauro Editora, São Paulo, 2000, pgs: 25/26.



Maria do Nascimento de Avelar e Almeida é irmã do Barão de Massambará (1867), do Visconde de Cananéia (1868) e do Barão de Avellar e Almeida (1881).

O Barão de Werneck e Maria do Nascimento Avellar e Almeida tiveram 3 filhas que são 2ªs netas de Manoel de Avellar e Almeida, 4ºavô de Anibal:

1º) Maria Alcina, c.c. Dr. Francisco Campelo, médico, pais de 4 filhos:

Arnaldo, Heloísa, Virgínio e Aníbal.

2º) Anita.

3º) Elvira, c.c. Dr. Artur Luiz Viana, advogado, pais de 4 filhos:

Celina, Helena, Sílvia e Jorge Luiz.

2º CAS.) O Barão de Werneck em 2ªs núpcias casou-se, a 19/1/1882, com Maria José Diniz Cordeiro, nasc. em Angra dos Reis e filha do Capitão Antonio Cordeiro da Silva Guerra, natural de Guaratinguetá, SP, falecido a 10/8/1866 e de Henriqueta de Albuquerque Diniz, nascida a 30/12/1814 e falecida a 16/11/1866. Maria José Diniz Cordeiro, faleceu a 19/6/1917, no Rio. Maria era irmã do Dr. Lopo Diniz Cordeiro, Conde de Diniz Cordeiro, pela Santa Sé.

O Barão de Werneck e Maria José tiveram 4 filhos:

4º) Zélia c.c. Antonio Luiz dos Santos Werneck, pais de 7 filhos:

Helena, Antonio, Clarice, Marina, Maria, Regina, José Luiz.

5º) Otávio c.c. Maria de Barros, pais de: Roberto Otávio.

6º) Álvaro, c.c. Maria Elisa de Frontin, (filha do Conde de Frontin, título da Santa Sé), pais de 4 filhos:

Paulo, Haroldo, Álvaro, Marilisa.

7º) Sílvia.

Malha de parentesco entre 12 Titulares Werneck e a Família Avellar e Almeida, de Anibal:

Ignácio José de Souza Werneck, (filho do Comendador Francisco das Chagas Werneck), é casado com Bernardina Avellar e Almeida, neta de Manoel de Avellar e Almeida (4ºavô de Anibal) e filha do Barão do Ribeirão (tio 3ºavô de Anibal). Esse casamento liga os Avellar e Almeida a 6 titulares Werneck:

1] 2º Barão de Paty do Alferes, um filho seu era casado com uma cunhada de Bernardina e uma neta sua é casada com um filho do Visconde de Cananéia irmão de Bernardina ambos filhos do Barão do Ribeirão que é Avellar e Almeida, tio 3ºavô de Anibal.

2] 2º Barão de Ypiabas, sobrinho de Bernardina.

3] 2ª Viscondessa de Queluz, cunhada de Bernardina.

4] Viscondessa de Arcozelo, cunhada de Bernardina.

5] 1º Barão e Visconde de Ypiabas, concunhado de Bernardina.

6] Barão de Potengy, tio de Bernardina.

Nota: O nome Bernardina foi muito repetido na família Avellar e Almeida, destacando o Visconde de Cananéia, Bernardino Rodrigues de Avellar, continuando com a sua irmã Bernardina, chegando à Bernardina, avó de Anibal e ao tio Bernardino de Anibal.

7] Barão de Werneck, casado em 1ªs núpcias com Maria, neta de Manoel de Avellar e Almeida (4ºavô de Anibal), pais de 3 filhas:

1º) Maria Alcina, c.c. Dr. Francisco Campelo, médico, pais de 4 filhos: Arnaldo, Heloísa, Virgínio e Aníbal.

2º) Anita.

3º) Elvira, c.c. Dr. Artur Luiz Viana, advogado, pais de 4 filhos: Celina, Helena, Sílvia e Jorge Luiz.

O casamento de Maria Avellar e Almeida com o Barão de Werneck liga os Avellar e Almeida a mais 6 titulares Werneck:

8] 2º Barão de Palmeiras, irmão do Barão de Werneck e cunhado de Maria.

9] Baronesa d’Aliança, sobrinha de Maria Salomé, 1ª Baronesa do Rio das Flores, tia-bisavó de Anibal [é irmã do 2ºavô de Anibal] e neta de Manoel de Avellar e Almeida, 4ºavô de Anibal.

10] Baronesa de Águas Claras, prima do Barão de Werneck, marido de Maria.

11] Baronesa de Almeida Ramos, prima do Barão de Werneck, alem disso o Barão de Almeida Ramos, Joaquim d’Almeida, é primo-2º do avô de Anibal, Joaquim Rodrigues d’Almeida.

12] Barão de Bemposta, primo do Barão de Werneck, marido de Maria; a sua portentosa fazenda Sant’Ana do Calçado em São José do Rio Preto, RJ, era vizinha da fazenda do Barão de Massambará, neto de Manoel de Avellar e Almeida, 4ºavô de Anibal. O Barão de Bemposta é avô do Francisco Klors Werneck, genealogista conceituado, primo de Anibal.

Fontes pesquisadas para estruturar este trabalho:

BRAGA, Greenhalg H. Faria - Vassouras de Ontem. Rio de Janeiro, Cia. Brasileira de Artes Gráficas, 1975.

BRAGA, Greenhalg H. Faria - De Vassouras História Fatos Gente. Rio de Janeiro, Ultraset Ed., 1978.

FERREIRA, Luiz Damasceno - História de Valença 1803/1924. Rio de Janeiro, Empreza Graphica Editora, 1925.

RAPOSO, Ignácio - História de Vassouras. Niterói, SEEC, 1978.

STULZER, Frei Aurélio - Notas para a História da Vila de Patí do Alferes. Patí do Alferes, 1944.

WERNECK, Francisco Klörs - História e Genealogia Fluminense. Rio de Janeiro, Edição do Autor, 1947.

WERNECK, 1ºs Povoadores de Vassouras e seus descendentes, trabalho do Autor, não publicado, Cidadão Vassourense e insigne pesquisador fluminense, já falecido, pgs7 a 104.

Revista do IGB, Ano V, pg 463.

Anuário Genealógico Brasileiro (AGB) Ano: I, II, III, IV = pgs: 75 a 78, 95/96 e 227 a 264, VI, VII e IX.

Rheingantz, Carlos G., Titulares do Império, Arquivo Nacional, RJ, 1960.

Silva, Rudy Mattos da, Galeria Vassourense, Editora Valença, RJ, 1999.

Machado, Lielza Lemos, Imagens de Vassouras, Gráfica Palmeiras, RJ, 1994.

Artigos e anotações de primos que são ilustres estudiosos da genealogia fluminense: Marcos Vieira da Cunha, proprietário e restaurador de fazendas da região (Guaritá, Campos Elíseos, Sto. Antonio), José de Avellar Fernandes.

E o Vale era o escravo, Ricardo Salles, Civilização Brasileira, 2008 > Manoel de Avellar e Almeida, pgs: 280/281/282 e Centro de Documentação Histórica Severino Sombra (CDH), > inventário nº 435, caixa 90, pg. 305.

O Vale do Paraíba e a arquitetura do Café, Augusto C. da Silva Telles, Capivara, 2006.

História e Genealogia Fluminense, Francisco Klors Werneck, 1947.

Inventário de Manoel de Avellar e Almeida, de 7/6/1848, por cópia reconhecida pelo Tabelião José Maria da Costa a 2/5/1977, Vassouras, RJ.
 
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes