Brasão do Barão Avellar e Almeida Brasão Família Avellar e Almeida
BRASÃO da FAMÍLIA AVELLAR e ALMEIDA
CONCEDIDO AO BARÃO DE AVELLAR E ALMEIDA
Este Brasão foi concedido e passado por Carta de Brasão a 22/11/1881, e está registrado no Cartório da Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil, Livro II, folhas 9/11, ao Barão de Avellar e Almeida, Decreto de 7/1/1881, o título está registrado no Livro X pág. 70 Seção Histórica do Arquivo Nacional, foi um título concedido pelo Imperador Pedro 2º (Chefe da Casa Imperial do Brasil, fons honorum) ad personam sul cognome, isto é, dado a uma pessoa específica e apoiado sobre o nome da família do titulado. Esta forma de título só é usada quando o Imperador deseja prestar homenagem também à família, dignificando-lhe o nome.
O Brasão tem um pé de café e uma abelha como arma heráldica e pode ser usado pela Família Avellar e Almeida sem o Coronel (coroa) e a comenda [Ordem de Cristo], por ser Título Sul cognome, que são exclusivos do Barão e não são hereditários, conforme as leis de heráldica e do Direito Nobiliárquico: Fonte Documental: Mário de Méroe, Estudos sobre o Direito Nobiliário, Centauro Editora, São Paulo, 2000, pgs: 24/25/26.
Atenção: só o título sul cognome permite hoje em dia, caso haja Brasão registrado no Cartório da Nobreza, o uso deste Brasão pelos familiares conforme a opinião dos estudiosos do direito heráldico brasileiro.
The Bee: Symbol of immortality and resurrection, the bee was chosen so as to link the new dynasty to the very origins of France. Golden bees (in fact, cicadas) were discovered in 1653 in Tournai in the tomb of Childeric I, founder in 457 of the Merovingian dynasty and father of Clovis. They were considered as the oldest emblem of the sovereigns of France.
Anibal de Almeida Fernandes, atualizado, Abril, 2021.
Este Escudo de Armas deriva diretamente do Brasão da família AVELAR nas cores: vermelho e ouro e estrelas em prata e do Brasão da família ALMEIDA nas cores vermelho e ouro.
A Divisa Virtude e Honra resume a ética e os princípios da Família Avellar e Almeida.
A Banda diagonal vermelha com 3 estrelas de prata, postas em pala, representa trabalho árduo
A Abelha, à direita, simboliza a operosidade, confirmando o trabalho árduo.
O Cafeeiro, à esquerda, mostra a atividade do Barão de Avellar e Almeida, Laurindo de Avellar e Almeida, que era fazendeiro de café como toda a família AVELLAR e ALMEIDA, que era neto de Manoel de Avellar e Almeida, 4ºavô de Anibal o qual, além do Barão de Avellar e Almeida, tem entre filho e netos mais outros 5 titulares. Todos esses 6 titulares eram ligados à cultura cafeeira iniciada em 1780 na região fluminense:
1) Barão do Ribeirão, tio 3ºavô de Anibal: também tem brasão
2) Barão de Massambará,
3) Barão e Visconde de Cananéia,
4) 2º Barão do Rio das Flores, primo-irmão da avó de Anibal
5) 1ª Baronesa do Rio das Flores, tia 2ªavó de Anibal,
O Patriarca da família AVELLAR e ALMEIDA é Manoel de Avelar e Almeida, 4º avô de Anibal, casado com sua prima Susana Maria de Jesus, radicados no século XIX em Vassouras, RJ, que são pais de 10 filhos.
Nota: O scholar de Princeton, Stanley J. Stein, em seu livro Vassouras, a Brazilian Coffee County, 1850-1900, editado pela Harvard Historical Studies, na pg. 16, informa que os grandes clãs familiares de Vassouras eram: Correa e Castro, Werneck, Ribeiro de Avellar, Paes Leme, Teixeira Leite e Avellar e Almeida.
A Abelha como arma heráldica:
The Bee: Symbol of immortality and resurrection, the bee was chosen so as to link the new dynasty to the very origins of France. Golden bees (in fact, cicadas) were discovered in 1653 in Tournai in the tomb of Childeric I, founder in 457 of the Merovingian dynasty and father of Clovis. They were considered as the oldest emblem of the sovereigns of France.
Túmulo de Childerico, Sec. V
Flor de lis dos Bourbon
Abelha Merovíngea de Napoleão 1º
Segundo Sergio Bisaggio as abelhas decorrem das abelhas em ouro encontradas em 1653, no túmulo do Rei Franco Childerico. Diz ainda que, no túmulo havia muitas jóias de ouro, moedas de ouro, uma espada esplendidamente ornamentada e cerca de 300 abelhas de ouro. O tesouro foi ofertado aos Habsburgo que enviaram como presente a Luis XIV, que não se interessou e mandou para a Biblioteca Real. Na Revolução Francesa essa Biblioteca virou a Biblioteca Nacional da França. Quando Napoleão prepara sua transformação em Imperador dos Franceses teve conhecimento do tesouro e, nas abelhas, viu a inspiração para a substituição da flor de lis dos Bourbon. Dessa idéia surgiram as abelhas como arma heráldica do Brasão do Império de Napoleão 1º, e foram motivo de inspiração para outros brasões inclusive no Brasil Imperial [Família Avellar e Almeida].
# Jean-Jacques Chifflet:On May 27, 1653 a mason, Adrien Quinquin, working on the reconstruction of the church of Saint-Brice in Tournai, discovered a Merovingian tomb containing various articles, including a leather purse containing gold coins, a gold bracelet, some pieces of iron, and numerous pieces of gold cloisonnéed with garnets, among these the 300 bees. One of the pieces was a ring with the inscription CHILDERIC REGIS, identifying the tomb as that of Childeric I, father of Clovis. The discovery excited great interest in Tournai and Brussels. Archduke Leopold William, Spanish governor of the Netherlands, put his personal physician, Jean-Jacques Chifflet, in charge of studying and publishing the finds. In 1655 he published his work, Anastasis Childerici I Francorum regis, sive thesaurus sepulchralis Tornaci Neviorum effossus et commentario illustratus. Leopold William took the treasure to Vienna when he left the Netherlands in 1656. On his death, the treasure became the property of the Emperor of Austria, Leopold I. In 1665 Leopold gave the treasure to Louis XIV as a gift in recognition of the help of the French against the Turks and against a revolt of Austrian subjects in Hungary.
ENFOQUE HISTÓRICO
Foram concedidos 1.211 títulos a 986 titulares (apenas 0,0052% da população) a diferença é porque alguns titulares tiveram mais que 1 título, nos 67 anos do Império do Brasil, (1º Reinado de 1822 a 1831 e o 2º Reinado de 1840 a 15/11/1889), prioritariamente aos fazendeiros (a maior parte cafeicultores), depois aos ocupantes de cargos públicos, aos comerciantes, aos negociantes e, por fim, aos intelectuais e capitalistas.
No Cartório de Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil foram registrados apenas 239 brasões, (apenas 0,0013% da população), que eram pagos á parte dos valores gastos com o título.
Pela tabela de 2/4/1860:
Papéis para a petição: 366$000=R$ 109.617,00
Registro do brasão: 170$000=R$ 50.915,00
Os valores foram atualizados considerando gr. de ouro a R$ 299,50 [23/7/21]
#FLS, 4/4/21: 18,8 milhões, essa é aproximadamente a população brasileira de 1890, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
NOTAS: entre os 239 Brasões concedidos no IMPÉRIO:
1ª) 3 Brasões contém o CAFEEIRO: os Brasões dos Barões de: Avelar e Almeida, Bemposta e Silveiras
2ª) 6 Brasões contém um único RAMO de cafeeiro os Brasões:
Barões: Lorena, Ipojuca, Goyana, Castelo
Visconde Serro Formoso
Conde Boa Vista
3ª) DIVISA: 40 Brasões têm Divisa. Considero a divisa VIRTUTE ET HONORE da Familia Avellar e Almeida a mais nobre e significativa de todas as 40 divisas.
O título de nobreza no Brasil é intransmissível, o que invalida a pretensão à hereditariedade do Título da Nobreza Brasileira de maneira definitiva, pois nas cartas nobilitantes ad personam concedidas pelo Imperador, a relação jurídica limita-se à concessão e ao recebimento da honraria pelo agraciado e, com sua morte, o título reverte à Coroa, passando a integrar o patrimônio heráldico do Império onde permanecerá in potentia até que seja reabilitado por nova concessão do Imperador, que pode conceder este título, a quem escolher, mesmo que seja de outra família sem nenhuma consanguinidade com a anterior, como o Imperador faz quase sempre.
Fontes pesquisadas para estruturar esse trabalho:
- Estudos sobre o Direito Nobiliário, Mário de Méroe, Centauro Editora, São Paulo, 2000, em especial as pgs: 14, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 38, 43.
-Titulares do Império, Carlos Rheingantz, 1960.
-As Barbas do Imperador, Lilian Schwarcz, 1996.
-Anuário Genealógico Brasileiro (AGB): anos: I, II[1940=REFERENCIA MÁXIMA], III, IV, V, VII e IX.