ARANTES FAMÍLIA PORTUGUESA DE ORIGEM NOBRE,
SEM BRASÃO
Anibal de Almeida Fernandes, Agosto 2016
A Cidade Colonial: Nelson Omegna, pg 277
Conhecendo essa verdade histórica podemos abordar um tema bastante significativo: o fundador da família Arantes era nobre, convivia na intimidade d’El Rei D. João 2º, o Príncipe Perfeito, com formidáveis realizações, pois assinou o Tratado de Tordesilhas a 7/6/1494, foi o maior incentivador da 1ª ação mundial de viagens da humanidade, o Ciclo das Descobertas Marítimas que se concretiza graças ao seu firme e completo posicionamento como único Senhor de Portugal, uma vez que enfrenta e subjuga os nobres ao seu poder real, por tudo isso ele é considerado o Grande Rei de Portugal, pois quando sobe ao trono trata de fortalecer o poder real aliando-se à burguesia mercantil de Lisboa, irritando a alta nobreza portuguesa que procura aliança com a Espanha que é contida pelo Rei, que inicia o regime de Poder absoluto nas mãos d’El Rei em Portugal.
Com todo esse desempenho d’El Rei João 2º, um homem como nosso avô João de Arantes, estando sempre ao seu lado com o importantíssimo cargo de Condestável era, sem dúvida, um dos mais destacados membros da Casa Real Portuguesa, porém apesar dessa destacadíssima posição na Corte Real, não há nenhum registro histórico oficial de Brasão que possa ser resgatado para ilustrar o nome Arantes em Portugal.
*Condestável substituiu na hierarquia militar o alferes-mor, e as suas funções aproximavam-se das que modernamente tem o chefe de estado-maior um Ministro da Guerra, e, mais ainda, das funções dos mestres-de-campo-generais dos séc. XVI e XVII (Verbo, Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, vol. IV, 1279). Os soberanos que governavam mais de um reino ou senhorio tinham, em regra, um Condestável para cada um desses estados, como acontecia em Inglaterra.
2] Brasil: nos 2 Reinados do Império Brasileiro de 1822 a 1889, a população brasileira aumentou de cerca de 4 milhões de habitantes em 1823 para 14 milhões de habitantes em 1889 e, ao longo desses 67 anos de Império, apenas 986 pessoas receberam títulos de nobreza concedidos pelos 2 Imperadores, portanto os titulares brasileiros representam apenas 0,0070% da população e, mais restritivo ainda, foram concedidos apenas 239 brasões (apenas 0,0017% da população).
O sangue Arantes, no Império, foi representado por cinco titulares:
Barão de Piumhi
Decreto Registrado no Livro XII, Pag. 32, Seção Histórica do Arquivo Nacional.
João Marciano de Faria Pereira, Barão de Piumhi a 27/6/1888
1º Barão de Cabo Verde
Decreto Registrado no Livro X, Pag. 77, Seção Histórica do Arquivo Nacional.
Antonio Belfort de Arantes, 1º Barão de Cabo Verde a 15/6/1881,
Visconde de Arantes
Decreto Registrado no Livro X, Pag. 36, Seção Histórica do Arquivo Nacional.
Antonio Belfort Ribeiro Arantes, Barão de Arantes, a 19/7/1879, e Visconde de Arantes, a 18/7/1888.
2ª Baronesa de Cajurú
Decreto Registrado no Livro XII, Pag. 110, Seção Histórica do Arquivo Nacional.
Maria Cândida Belfort Ribeiro de Arantes, 2ª Baronesa de Cajurú, pelo marido.
Baronesa de Christina
Decreto Registrado no Livro XII, Pag. 161, Seção Histórica do Arquivo Nacional.
Laureana Constança Gomes dos Reis (Yayá), Baronesa de Christina pelo marido.
Porém não há nenhum registro histórico oficial de Brasão desses 5 titulares que possa ser resgatado para ilustrar o nome Arantes no Brasil.