A MITOLOGIA GREGA e a FORMAÇÃO do HOMEM


seus 12 Deuses e os 12 Deuses Romanos correspondentes



 Atualmente o cientista britânico James Lovelock, criou a atacada hipótese Gaia, onde enuncia a idéia de que a Terra funciona como um superorganismo vivo. 


   Anibal de Almeida Fernandes, Julho, 2010 



Dois conceitos definem o que é a mitologia: 

1º) é o conjunto de lendas e mitos de um povo. 

2º) é o estudo deste conjunto.

Etimologicamente significa: Mythos = fábula + Logos = estudo, tratado.  


É importante destacar que o conceito do mito não é apenas uma ficção caprichosa e gratuita da imaginação humana, pelo contrário, dentro da narrativa mítica se esconde um aspecto, uma estrutura, é sempre algo que encerra uma verdade. Portanto o mito é uma história verdadeira na medida que toca (fala) profundamente ao homem. É, também, uma história perene, pois é a história dos acontecimentos que são eternos, pois se repetem.


Joseph Campbell, uma das grandes autoridades mundiais em mitologia assim define: "

Mito é algo que nunca existiu, mas que existe sempre. Sabemos que mitos são narrativas criadas para explicar algo, para justificar alguma coisa. Na prática, não importa se o mito é verdadeiro ou falso; o que importa é sua eficiência.


Os primeiros mitos brotam da projeção imaginativa que o homem faz das principais funções da vida humana: 

Nascimento, Amor e Morte.

 Maternidade e Paternidade.

Virgindade.  


A CONCEPÇÃO GREGA SOBRE A EVOLUÇÃO DA RAÇA HUMANA

No começo era o Cáos, conforme Hesíodo, sec. VIII, a.C., com seu tratado “Teogonia”, (contemporâneo da 1ª Olimpíada registrada históricamente em 776 a.C.).

Depois surgiu Gaia (a Terra) que deu ao Cáos (que não tinha limite) um sentido, isto é, o limitou espacialmente, instalando o chão, palco da maravilha e da miséria da vida do homem.

Depois surgiu a Noite (treva profunda) e abaixo de Gaia surgiu o Érebo (morada das sombras). Sobrou um espaço vazio sobre Gaia (a Terra), e ela gerou sozinha um ser igual a si mesma capaz de cobri-la inteira, Gaia gerou Urano (o céu estrelado). 

A Noite, também sozinha como Gaia, gerou o Éter (a luz que ilumina os deuses) e o Dia (a luz que ilumina os mortais).  

O Dia se alterna com a Noite, sua mãe, para que ela não se canse. 

O Cáos inicial, limitado por Gaia (a Terra), mais a Noite e o Érebo são as 4 Forças Elementares, e foram capazes de gerar sozinhas sem nenhum auxílio externo: 

Urano, o Éter, o Dia, o Mar, as Montanhas.

Neste momento, surge o poderoso Eros (o amor universal) e a partir deste fato nenhuma das 4 forças elementares: Cáos, Gaia, Noite, Érebo, poderá mais gerar sozinha sem o auxílio de Eros.  

Eros é o impulso criador, a força universal, é o criador de todas as coisas e a partir dele tudo muda no mundo, pois para gerar a vida vai ser necessária a união de 2 forças. Segundo a lenda, os deuses gregos estavam entediados e por isso inventaram os humanos. Mas o tédio não passou, então criaram o amor. Como gostaram do resultado, eles resolveram experimentar a paixão. Mais tarde inventaram o riso, para que pudessem suportá-la. 

1ª etapa da evolução da terra: 

Gaia motivada por Eros se une, apaixonadamente, a Urano, seu primogênito, e agora amante, gerando com ele, muitos e muitos filhos, povoando a terra com uma raça violenta e descontrolada, são os Titãs, os Ciclopes (com um olho só) e os Hecatônquiros (gigantes com 100 braços e 50 olhos). Todos eles são seres monstruosos, disformes, devastadores, pois criam terremotos, tempestades, furacões, fazem os vulcões entrarem em erupção, eles retratam a violência bruta, telúrica e primeva na formação geológica inicial do planeta sempre em constantes cataclismos que a tudo subverte e destrói sem nenhuma ordem/sentido/objetivo nesta 1ª fase de evolução. 

2ª etapa da evolução da vida na terra: 

Urano, que é filho e marido de Gaia, se revolta com a violência de seus próprios filhos e os pune atirando a todos eles no Tártaro que é uma das regiões do Érebo. 

Porém Gaia que é mãe, e como tal fica com pena dos filhos, os liberta do Tártaro sem que Urano saiba. 

Depois, um desses filhos de Urano e Gaia, libertado por Gaia do Tártaro, chamado Cronos (o Tempo), revolta-se contra Urano, seu próprio pai, porque Urano não para de fecundar, incessantemente sua mãe Gaia e, ao mesmo tempo, se revolta também contra os próprios irmãos (Titãs, Cíclopes e Hecatônquiros) por causa das violências e devastações que eles fazem contra sua mãe Gaia (a Terra).

Cronos, para evitar que sua mãe Gaia continue a gerar infinitamente esses seres monstruosos e violentos, castra seu pai Urano com uma foice (símbolo da morte) no instante em que ele ia, novamente, fecundar Gaia. Cronos atira sobre a terra os testículos de seu pai Urano, que por ser imortal não morre, porém quem morre é o mundo de Urano que, ao morrer, dá lugar ao reino de Cronos que é a 2ª etapa da evolução da vida na terra.

3ª e última etapa da evolução humana:

Ao cair sobre a terra, o sangue dos testículos de Urano fecunda esta terra, gerando as Eríneas (seres vingadores), os Gigantes, e as Ninfas das árvores.

Os testículos de Urano contendo o seu esperma caem no Mar e o fecundam formando uma espuma branca da qual nasce Afrodite, a deusa do amor e da beleza.

Depois da castração/queda de seu pai Urano, Cronos casa-se com sua irmã Réia, passando a gerar uma série de filhos que são imediatamente devorados por ele para que não o enfrentem e lhe tirem o poder e o reino como ele fizera com seu pai Urano

Cronos representa a fome devoradora da vida, o desejo/necessidade sempre insistente/insaciável de evolução sem, porém, nenhuma ordem ou propósito racional para esta evolução. Réia, que é mulher e irmã de Cronos fica muito infeliz com a contínua destruição dos seus filhos sempre devorados por Cronos e, com a ajuda de sua mãe Gaia, preserva e esconde um dos filhos colocando em seu lugar uma pedra que é devorada por Cronos sem que ele perceba o embuste.

Esse filho que é salvo chama-se Zeus e é criado longe, escondido e protegido pelas Ninfas, que são filhas de Urano e Gaia e irmãs de Cronos. Quando Zeus está crescido, se revolta contra o seu pai Cronos e quer libertar sua mãe Réia. Pede a ajuda das Ninfas que lhe dão uma poção que embebeda seu pai Cronos e o faz vomitar todos os seus irmãos, anteriormente devorados (são os deuses Olímpicos), e Zeus, com a ajuda dos Titãs e Gigantes, irmãos de Cronos e de Réia, todos eles filhos de Urano e Gaia, inicia uma luta contra Cronos que dura 10 anos. 

Zeus finalmente vence a seu pai Cronos e derrota a desordem que imperava no mundo de Cronos.

Zeus é o pai de todos os deuses, tendo os dons de proteção, ordem, disciplina, justiça. Com Zeus inicia-se a era dos Olímpicos que é a 3ª e última etapa da evolução humana, com a instauração da ordem, do propósito e da razão na evolução do mundo.

CONCLUSÃO

A mitologia grega é uma das mais complexas, geniais e belas concepções arquitetadas pela mente humana e a cultura ocidental deve a ela o próprio fato de existir. A partir desta premissa, ela pode ser entendida/abordada/interpretada como a história da formação geológica do planeta e o nascimento da vida e a sua evolução, desde o início até chegar à raça humana.

Começa com o Cáos (matéria informe, sem limites). 

Seguido pela 1ª etapa evolutiva com Gaia, que limita o Cáos, gerando sozinha seu filho e futuro marido Urano, e com ele tendo filhos monstruosos, descontrolados e violentos que significam a devastadora agitação da fase inicial da formação geológica do planeta.

A 2ª etapa evolutiva com Cronos e sua irmã e esposa Réia, que se assemelha ao início do homem, a era pré-consciente da humanidade marcada pelo tempo cego e com um tipo de vida que não se entende a si mesma e, apesar do desejo de evoluir, não existe uma ordem racional.

A 3ª etapa evolutiva que se inicia com Zeus, que estabelece a base das relações entre todos os seres, não mais violentos, monstruosos ou cegos, mas, sim, criando um ser consciente de si próprio, falante, bípede, harmonioso e criador, ou seja, é, numa linguajem mítica o surgimento do Homo sapiens na evolução das espécies animais e o surgimento da ordem e da razão criativa na história da raça humana.  


Na mitologia grega, Têmis é a deusa das leis eternas, da justiça divina. Filha de Urano e da Terra, pertence à raça dos titãs, mas foi admitida entre os imortais. Foi a segunda esposa de Zeus (logo após Métis), e com ele engendrou as Horas (que regiam as estações do ano), as Parcas (que fiavam, mediam e cortavam o fio da vida) e a virgem Astréia, que difundiu entre os homens o sentimento de justiça. Têmis era conselheira de Zeus. Inventou os oráculos, os ritos e as leis, e ensinou a Apolo os processos de adivinhação.


Os 12 Deuses da Grécia: 


Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dionísio.


NO ENDEREÇO ABAIXO TEMOS OS 12 DEUSES GREGOS E SEUS 12 DEUSES CORRESPONDENTES EM ROMA


Os 12 deuses do Olimpo e seus poderes na mitologia grega - HiperCultura  


 


 
















 
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes