PARIS EM 5 DIAS


Anibal de Almeida Fernandes, Maio, 2008.


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Paris é uma cidade de perspectivas belíssimas e é para se locomover a pé ou de metrô que é extenso e perfeito, vai-se para todos os bairros inclusive Versalhes e a pé SEMPRE OLHANDO A PERSPECTIVA, pois é uma cidade de impactante urbanismo preparado por Haussmann, advogado, funcionário público, político e administrador francês que foi nomeado por Napoleão III prefeito de Paris (Distrito do Sena), entre 1853 e 1870, tinha o título de Barão e remodelou Paris, cuidando do planejamento da cidade, durante esses 17 anos, com a colaboração de arquitetos e engenheiros renomados de Paris. Haussmann planejou uma nova cidade, modificando os parques parisienses e criando outros, construindo vários edifícios públicos, como L’Opéra. Melhorou também o sistema de distribuição de água e criou a grande rede de esgotos, quando em 186l iniciou a instalação dos esgotos entre La Villette e Les Halles, supervisionada pelo engenheiro Belgrand, no começo do séc XIX rasgou avenidas formidáveis com larguras monumentais formando eixos de acesso/circulação que até hoje impressionam, Haussmann criou uma estrela de 12 avenidas amplas em volta do Arco do Triunfo, onde grandes mansões foram erguidas entre 1860 e 1868 sobre os escombros da antiga cidade. Além da Place de l'Opéra, o Barão projetou também a Place de l’Étoile, um dos cruzamentos mais complicados de Paris. O prédio de L’Opéra de Paris foi projetado pelo arquiteto Charles Garnier a pedido do Imperador Napoleão III e levou 13 anos para ser concluído, de 1862 a 1875. O prédio é suntuoso e singular, pois é uma mistura de materiais como pedra, bronze, mármore e outros, bem como de estilos que vão do clássico ao barroco, tido com o estilo do 2º Império. Nota: o Teatro Municipal de São Paulo e do Rio são cópia desta L’Opera e várias cidades do mundo copiaram esse edifício.

Vão sugestões para 5 roteiros:

1º ROTEIRO:

às 8,30 h., estar na praça da Bastilha, visitar a nova Ópera (é horrível, parece banheiro público) onde está esta nova Ópera ficava a Bastilha cuja queda é o começo da Revolução Francesa de 1789, aí estiveram presos, Luis XVI e XVII e Maria Antonieta que daí saíram para a guilhotina na Place de La Concorde. Vir andando desde a Bastilha pelo MARAIS, que é um bairro simpático de Paris, ainda mantém as ruelas estreitas e tortas de Paris da Idade Média. Sempre olhando as construções palacianas onde morava a alta aristocracia francesa ancien-regime, (antes da Revolução), pois ficava perto do palácio do Louvre onde morava o Rei, passar pela Place des Vosges, que é a 1ª experiência urbanística no séc. XIX, da aristocracia morar em um condomínio e não em um palácio separado, sentar na pracinha e lembrar que nela morou Vitor Hugo e família num apto de 280 m2 no 2º andar do Hotel Rohan-Guéménée. Continuar andando até o Beaubourg e visitar (parece uma refinaria de petróleo com tanto cano externo colorido) passar pela Prefeitura de Paris, (se der fome comprar aquela baguete francesa e pedaços de Emmenthal e Gruyère numa simpática quitandinha/padaria e andar e comer) ir até a Ille de La Citè andar pela Ilha e visitar Notre Dame eu tive a sorte de assistir um ensaio de órgão de musica barroca (veja como o gótico é pesado, foi construída entre 1163-1333 e depois compare com a Saint Chapelle) depois andar até a Saint Chapelle construída pelo rei Luis IX, onde está enterrado, (morreu em 1270 e virou São Luis em 1297, participou da 7ª e 8ª Cruzada, no Louvre tem um quadro de São Luiz pintado por El Greco) que é uma das construções mais fantásticas de todo o gótico mundial é espantosa a leveza e a beleza, vale a pena visitar 2 vezes: num dia de sol para ver a extraordinária beleza das cores dos vitrais e à noite se tiver concerto.

Continuar andando na direção do Louvre ver por fora a pirâmide de vidro do arq. Li Pei, ir para a Place de La Concorde (antiga Praça Luiz XV que tinha sua monumental estátua eqüestre, porém a partir de 1792 recebe a guilhotina que nela executa 1.119 vítimas, é a maior praça de Paris, em frente ao hotel Crillon), entrar e ver o Hotel Crillon, continuar na Champs Elisèes, entrar e ver o Hotel George V, passar por baixo da avenida e ir até o Arco do Triunfo com a chama eterna acessa, (veja Almeida numa das colunas que retratam os nomes das batalhas, principais, dos militares e das cidades conquistadas por Napoleão) voltar pela Champs Elisèes, ir pela Place Vendôme, que é chiquíssima entrar e ver o Hotel Ritz, de onde saiu a princesa Diana para morrer, ir até a igreja Madeleine, atrás dela á direita comer marron glacé no Fauchon (os mais saborosos do mundo e pensar em mim) depois voltar e ir comer no Café de la Paix tem um formidável ninho de massa folhada cheio de escargots e pensar em mim) aproveitem e vejam o mundo desfilar na Rue de La Paix.

2º ROTEIRO

às 8,30 h. estar no Champ de Mars, andar, olhar o Carroussel, onde há um outro Arco do Triunfo, (no início do século XIX, Napoleão Bonaparte vence os prussianos, ocupa Berlim e leva para Paris a Quadriga que encima a Porta de Brandemburgo, orgulho da cidade, colocando-a neste arco do Carrousel. Com a derrota de Napoleão, a quadriga volta a ser colocada na porta de Brandemburgo, com grande júbilo da população berlinense), e ir andando para a torre Eiffel, subir, descer, vir andando no caminho para Saint Germain de Près, ver o palácio Luxembourg e seus jardins, os Invalides com o túmulo de Napoleão, o Boulevard Saint Michel, a igreja de Saint Germain (é antiga e tem a mesma decoração da Saint Chapelle que é a cor da libré dos Valois > azul e vermelho < que com a chegada dos Bourbon com Henrique IV, muda para > branco e dourado) ver a famosa entrada da estação de Metrô art-nouveau, tomar um drink no café Deux Magots (tem um sorvete de baunilha com sorbet de cassis e licor de cassis, magnífico, Coupe de Magots)


ou Cafe de Flore (Sartre e Simone de Beauvoir, freqüentavam) ver o centro de Cultura Árabe, com suas janelas que parecem tapetes árabes e voltar para o museu Orsay e visitar atentamente o museu com o que há de melhor dos impressionistas franceses tem móveis art nouveau no 2º andar.

3º ROTEIRO:

às 8,30 h. estar em Montmartre que é o bairro boêmio dos artistas, ver o cabaré

Moulin Rouge e cuidado com os ladrões, (veja como muda a qualidade das estações e o tipo de gente, é como ir para a Zona Leste de SP), subir as escadas para a igreja Sacré-Coeur (a igreja é horrível) olhar a vista magnífica localizando a torre Eiffel, visitar as ruas atrás cheias de pintores, voltar pelo metrô para o Louvre inclusive ver no acesso em baixo pelo metrô a pirâmide invertida que aparece no filme o Código da Vinci, se enfiar no Louvre e visitar o Louvre o resto do dia e ver a arquitetura e as pinturas e tudo de formidável que tem de arte, (não deixar de ver o acervo egípcio e nele ver o ESCRIBA e a ESTELA são fantásticos).

4º ROTEIRO

Ás 9,00 h. estar em Versalhes, dá para ir de metrô/trem, visitar TUDO o que DER, não deixe de ver a galeria dos espelhos, o quarto do rei, a capela e o teatro, a sala de jantar onde o rei comia SOZINHO assistido por TODA a corte em pé!!!! que lutava por um lugar, (lembrar que nas festas havia 6.000 pessoas que, como NÃO tinha banheiro, faziam xixi e cocô atrás das cortinas e nos corredores que estavam cheios de cachorros e as mulheres usavam cabelos com um metro de altura mantidos em pé com banha de baleia = imaginem o CHEIRO), descer para os jardins ver a famosíssima Fonte e andar ao lado do lago e lembrar que os nobres passeavam pelas aléias e as usavam como banheiro e transavam, alegremente, nos jardins e havia charretes que movimentavam os mais velhos e doentes. SE DER visitar o Petit Trianon no fim do lago (é longe) onde Maria Antonieta ficava fantasiada de simples camponesa com os seus favoritos para fugir do protocolo castrador de Versalhes.

Voltar e ir de metrô visitar o bairro La Defense, moderníssimo, subir na Torre La Defense e olhar o eixo MONUMENTAL que vai até o Arco do Triunfo é magnífico!


5º ROTEIRO = 3 CASTELOS NO LOIRE


Sair de Paris e visitar os 3 Castelos do Loire:


Chenonceau:



que fica em cima do rio Cher e foi construído por um comerciante riquíssimo e depois passa para a Casa Real. Por ele, na 2ª Guerra Mundial, se fazia a ligação e troca dos prisioneiros entre a França livre do De Gaulle e a França ocupada de Vichy, tem a 1ª escada em caracol com largura e espaço para as mulheres usarem com conforto com suas imensas saias, pois foi exigência das filhas do comerciante que construiu o castelo. A atual fortificação remonta a um pequeno castelo erguido no século XIII. O edifício original foi incendiado em 1411 para punir o seu proprietário Jean Marques por um ato de sublevação. Este reconstruiu o castelo e moinho fortificado no local, durante a década de 1430. Subseqüentemente, o seu endividado herdeiro, Pierre Marques, vendeu o castelo a Thomas Bohier, Camareiro do Rei Carlos VIII de França, em 1513. Bohier destruiu o castelo existente, conservando a torre de menagem (torre Marques), e construiu uma residência inteiramente nova entre 1515 e 1521 o qual teve o prazer de hospedar a nobreza francesa, incluindo Francisco I de França em duas ocasiões.


Mais tarde, o filho de Bohier foi desapropriado, sendo o château entregue ao Rei Francisco I por débitos não pagos à Coroa. Depois da morte deste monarca, em 1547, Henrique II ofereceu o palácio como presente à sua amante, Diane de Poitiers, a qual se tornou muito ligada ao château e às suas vistas em conjunto com o rio. Ela haveria de mandar construir a ponte arcada, juntando o palácio à margem oposta. Supervisionou, então, a plantação de extensos jardins de flores e de vegetais, juntamente com uma variedade de árvores de fruto. Dispostos ao longo do rio, mas protegidos das inundações por terraços de pedra, os refinados jardins foram estabelecidos em quatro triângulos. Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando anos de delicadas manobras legais finalmente a beneficiaram com a posse. No entanto, depois da morte de Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade. Uma vez que o palácio já não pertencia à Coroa, a rainha não podia desapropriá-la totalmente, mas forçou-a a trocar o Castelo de Chenonceau pelo Château de Chaumont-sur-Loire. No entanto, tendo apreciado as benfeitorias, resolveu dar continuidade às obras. A Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita. Catarina de Médicis aumentou os jardins e parques do palácio, tornando a propriedade num disputado local para as grandes festas que atraíam a sociedade da época. Quando a rainha Mary Stuart visitou a França, em 1560, Catarina homenageou-a em Chenonceau com uma recepção para mil pessoas, que durou vários dias. Destacaram-se as apresentações teatrais, a presença de pintores para registar o evento, de poetas e de muita música


 


Ceverny: 



As terras do château foram compradas por Henri Hurault, Conde de Cheverny, Tenente General dos Exércitos do Rei de França e Tesoureiro Militar do Rei Luís XI, do qual o proprietário actual, o Marquês de Vibraye, é descendente. Depois de ter sido recuperado pela Coroa devido a fraude para com o estado, foi doado pelo Rei Henrique II à sua amante Diane de Poitiers. Todavia, esta preferia o Château de Chenonceau e vendeu a propriedade ao filho do primeiro proprietário, Philippe Hurault, que construiu o palácio entre 1624 e 1630. Confiaram a realização do novo palácio ao arquitecto Jacques Bougier (dito Boyer de Blois), que havia assistido Salomon de La Brosse na construção do Château de Blois. A decoração foi acabada pela filha de Henri Hurault e de Marguerite, a Marquesa de Montglas, cerca de 1650, com a ajuda do escultor e marceneiro Hevras Hammerber e do pintor Jean Mosnier (1600-1656), originários de Blois. Durante os cento e cinquenta anos seguintes, o palácio mudou muitas vezes de proprietário, tendo sido empreendidos grandes trabalhos de renovação em 1765. Em 1824, voltaria a ser comprado pela família Hurault. Em 1914, o proprietário abriu o palácio ao público. A família continua a habitar no Château de Cheverny, tendo-o tornado num incontornável château do Loire, famoso quer pelos seus magníficos interiores, quer pela sua colecção de objectos de arte e de tapeçarias. É destaque a matilha de cães de caça do castelo que, conforme a guia, servem para as caçadas às raposas que podem ser feitas por hóspedes pagantes do castelo nas ocasiões apropriadas. 


Chambord:




é de 1500, e era o palácio do Rei Francisco I, tão imponente e orgulhoso e interessado em seu prestigio quanto o Luiz XIV, o projeto é do genial Leonardo Da Vinci e, como tal, é impactantemente ousado e moderno uma vez que tem uma visão futurista em relação aos castelos da época (e mesmo dos castelos feitos depois) que são todos iguais com uma imponente escadaria num canto que leva a uma sucessão de quartos que se abrem uns após os outros sem permitir nenhuma privacidade para os ocupantes (Versalhes, Madri, todos os de São Petersburgo, Viena, etc). Um dos pontos altos da arquitetura de Chambord é a espetacular escadaria aberta em dupla-hélice que é a peça central do palácio. As duas hélices ascendem aos três pisos sem nunca se encontrarem, iluminadas de cima por uma espécie de farol no ponto mais alto do edifício, essa escada leva aos andares com largos corredores, e imensas lareiras para esquentá-los, esses corredores conectam os extremos onde estão quatro imensas torres nos cantos com os apartamentos do rei, da rainha, do conselho etc, etc, mantendo a privacidade de cada ocupante Esses torreões tem inúmeras chaminés cada uma num desenho diferente que se destacam à distancia e lembram o Gaudi da Sagrada Família de Barcelona.


O palácio é imenso (128m de fachada), é considerado o mais belo exemplo de arquitetura renascentista francesa, o palácio é rodeado por um parque arborizado de 52,5km² (13.000 acres) tem uma reserva de gamos fechada por um muro de 31km, (20 milhas). Era usado pelo presidente Giscard d’Estaing, que era aristocrata, para receber chefes de estado para caçadas e os socialistas ficaram com raiva e o abandonaram, após vencer as eleições.


O massivo palácio é composto por uma fortaleza que também forma parte da fachada, a qual tem uma largura composta ainda por duas torres mais largas. O palácio contém 440 salas, 365 lareiras e 84 escadarias.


Tem vários ambientes com mobiliário e tapeçarias que dão uma pálida idéia do que teria sido na época de sua função de casa do Rei.


Os telhados de Chambord contrastam com as massas da sua construção e têm sido comparados freqüentemente com a silhueta de uma cidade: mostram onze tipos de torres e três tipos de chaminés, sem simetria, enquadrados nas esquinas pelas torres massivas.


Em setembro de 1938 a Mona Lisa foi retirada do Louvre, por conta do medo de uma guerra com a Alemanha e levada para Chambord. Em 1939, depois da guerra declarada contra a Alemanha, o Louvre foi esvaziado de 3.691 quadros que foram transportados num comboio de 37 caminhões para Chambord.


Despedida: sobra a noite para a despedida, se quiser subir na Eiffel à noite para ver a cidade Luz brilhando.


 LOCAIS EM DESTAQUE PARA APROVEITAR PARIS


HOTEIS PARA VISITAR:


CRILLON, 10, PLACE DE LA CONCORDE


RITZ, 15, Place Vendôme 


PLAZA ATHÉNÉE, 25, Avenue Montaigne


RESTAURANTES:


Le Procope, Rue de L´Ancienne Comédie, 13, 6º.  INFELIZMENTE NAO É MAIS O QUE ERA, FOI COMPRADO PELO BEST WESTERN!!!???? PASSEI AÍ O REVEILLON DE 1990 MAGNIFIQUE!!!!! Tinha um Boeuf Bourguignone saborosíssimo, um Foie Grass de pato ótimo e um Champagne ótImo = Canard Duchene.


Au Pied de Cochon, Rue Coquillière, 6, 1º. Fantástica sopa de cebola.


Le Grand Cafe des Capucines, Bd. Des Capucines, 4, 9º.


L'Arbuci, Rue de Buci, 25, 6º.


La Maison d'Alsace, Champs Elysées, 39, 8º.


Septime: 80, rue de Charonne. Telefone: 33-1-43-67-38-29. septime-charonne.fr


Le Pantruche: 3, rue Victor Masse. Telefone: 33-1-48-78-55-60. lepantruche.com




Pulperia: 11, rue Richard Lenoir. Telefone: 33-1-40-09-03-70. Refeição média para duas pessoas sai, em média, 80 euros.




Semilla: 54, rue de Seine. Telefone: 33-1-43-54-34-50. Refeição média para duas pessoas sai, em média, 100 euros.


CAFÉ/LANCHONETE


Le Hippopotamus: tem um fantástico sorvete de baunilha cheio de marron glacé. É uma rede distribuída por Paris


Les Deux Magots, Saint Germain des Près. É obrigatória uma visita.


Cafe de Flore, Saint Germain des Près. É obrigatória uma visita.



 
















 
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes