Anibal de Almeida Fernandes (*1944)


e sua Saga Agrária : Sec. XV até Sec. XX


Portugal, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro


ANIBAL de ALMEIDA FERNANDES, Agosto, 2022.



Minha intenção é resgatar o conhecimento do papel de meus avós, em suas ligações com a posse da terra começando em Portugal, Sec. XV, e sua relevância para a construção do Brasil, nos 3 períodos da história do Brasil: colonia, império e república.


PORTUGAL


1] Portugal, com meu 13ºavô João de ArantesCondestável do Rei em 1488, (=Ministro do Exército), que comprou uma Quinta em 1495 em Carrazedo, Portugal, Quinta de Romay, Carrazedo, Portugal, 


João de Arantes, o 1º Arantes, era Escudeiro Fidalgo d'El Rei João II [13º Rei de Portugal], foi o Senhor da Quinta de Romay comprada em 1495 de Pedro Nogueira, tabelião e escudeiro de João Teixeira Chanceler-Mor do reino. (Prova documental: o Padre Marcelino Pereira, séc. XVIII cita o Livro do pão que se pagava ao Cabido de Braga para provar que os Anantes/Arantes eram senhores da Quinta de Romay).




BRASIL - COLÔNIA


2] e continua no Brasil a partir do meu 12ºavô Balthazar de Moraes de Antas, Juiz em São Paulo em 1579, dono de terras no Ipiranga cerca de 1560:


Genealogia Paulistana, de Luiz Gonzaga da Silva Leme, (*1852 - †1919)


Título Moraes: Volume VII: Pág. 03, Pg. 25 e 56


Volume VII pg 3 > Moraes: Esta família teve princípio em Balthazar de Moraes de Antas, 12º avô de Anibal, que de Portugal passou a S. Paulo onde casou com Brites Rodrigues Annes f.ª de Joanne Annes Sobrinho, que de Portugal tinha vindo a esta capitania trazendo solteiras três filhas, que todas casaram com pessoas de conhecida nobreza.


Pedro Taques, de quem copiamos esta notícia sobre os Antas Moraes e que por sua vez copiou-a do título dos Braganções na livraria de José Freire Monte Arroio Mascarenhas em 1757.




3] continuando com meu 5ºavô Antonio de Arantes Marques, Capitão-Mor de Aiuruoca em 1772, que fundou em 1768  a fazenda Conquista de gado e cana em Aiuruoca, MG, até hoje pertencendo aos Arantes, primos em 5ºgrau de Anibal:


Museu Regional de São João del Rei: Tipo de Documento: Inventário


Ano: 1816: Caixa: 05


Inventariado: Antonio de Arantes Marques.


Inventariante: Ana da Cunha de Carvalho


Local: Baependi



Homenagem de Aiuruoca ao nascimento de Enrico, neto de Anibal




4] continuando com meu 4ºavô Manoel de Avellar e Almeida que fundou fazenda de café no fim do Sec. XVIII em Vassouras, RJ:




#Manoel de Avellar e Almeida era dono da Fazenda Boa Vista do Mato Dentro, conforme o Inventário de 1848, nº 435 da Caixa nº 90 do Centro de Documentação Histórica da Universidade Severino Sombra, de Vassouras informado no livro E o Vale era o escravo, do autor Ricardo Salles. Manoel é pai e avô de 6 Titulares no 2º Reinado: 5 Barões: Ribeirão, Massambará, Avellar e Almeida, 1ª Baronesa do Rio das Flores, 2º Barão do Rio das Flores, e do Visconde de Cananéia, todos ligados à cultura do café em Vassouras 


 



#VASSOURAS a Brazilian Coffee County, 1850-1900 StanleyStein, Harvard University, 1957, pgs: 16, 41, 80, 92, 110, 121, 129, 141, 161, 213-232.




BRASIL - IMPÉRIO


5] continuando com meu 4ºavô João Gualberto de Carvalho, (1797-21/2/1869) dono da Fazenda das Bicas, 4º avô de Aníbal1º Barão de Cajurú a 30/6/1860, foi a maior fazenda de criação de muares (mulas para transporte) do Império. Comprada em 1830 em Andrelandia, MG, a fazenda está até hoje, 2020, na mão de Arantes descendentes do 1º Barão Cajurú, Suely e Antonio Márcio como Anibal.



1º Barão de Cajurú, Decreto Registrado no Livro VIII, Pag. 54, Seção Histórica do Arquivo Nacional, com petição feita a 9/6/1860, pelo Visconde do Bonfim e pelo Visconde de Ipanema a Pedro II. Nasc. e bat. em 1797, São João d’El Rei, fal. 21/2/1869, S. Miguel do Cajurú, Ten-Coronel da Guarda Nacional, Comendador da Ordem da Rosa em 1849 e da Ordem de Cristo.





BRASIL - REPÚBLICA



6] continuando com meu avô Joaquim Rodrigues d’Almeida que, em 1890, formou a fazenda Baguary de café em Araraquara, SP, s


Passaporte de Albino e seu filho Joaquim Rodrigues d'Almeida, 16/3/1877






FAZENDA BAGUARY, Família Arantes-Araraquara, vendida em 1938


Autor: Anibal de Almeida Fernandes (*1944), neto de Joaquim e Bernardina.


Situada no Distrito de Américo Brasiliense, sesmaria do Rancho Fundo, em Araraquara, SP, com cerca de 400 alqueires paulista, foi preparada para a cultura do café pelo casal, Joaquim (1866-1937) e Bernardina (1869-1936) Arantes de Almeida, avós de Anibal, vindos do Rio de Janeiro, em 1890, após a queda da Monarquia e a total decadência do café fluminense com a exaustão das terras que empobreceu as famílias de cafeicultores do Império. No auge da produção teve muitos milhares de pés de café e ajudou a criar os 12 filhos do casal entre eles 3 filhos que, após a morte, são nome de rua em Araraquara: Mário Arantes de Almeida (estudou na Bélgica, 1911-1914, advogado, Prefeito [1931-32] e Vereador), Luiz Arantes de Almeida (médico) e Bernardino Arantes de Almeida (advogado). Após a morte de Joaquim em 1937, a Baguary foi vendida em 1938, (Formal de Partilha, Cartório do 2º Ofício, Araraquara, 7/8/1937), ainda com 90.000 pés de café, 9 grupos de casas de colonos, com 2 moradias cada grupo, 2 casas para camaradas, casa para administração, casa sede da fazenda, casa de máquina com tulha e máquina de beneficiar café, 120 cabeças de gado vacum, 26 cabeças de porcos, 3 cavalos, um caminhão Chevrolet, um caminhão Graham Brothers, 3 automóveis marca Ford, safra de 2.300 arrobas de café, barracão para veículos e pomar de 200 jabuticabeiras. Essa venda encerra a saga cafeeira da família em 158 anos, que começara em 1780 em Vassouras com o 4ºavô de Anibal, Manoel de Avellar e Almeida. As fotos abaixo, mostram a queima do café da Baguary, em 1938, e são um documento histórico de suma importância, assistida por membros da família Arantes de Almeida num nefasto ritual que se repetia desde o crash da Bolsa de Nova Iorque em 1929, que solapou as bases financeiras da aristocracia cafeeira paulista mudando toda a hierarquia social de São Paulo e marcando o fim da época da sociedade agrária dos barões do café que dominava o cenário político desde o Império. Na Frente estão sentadas: à esquerda a mãe de Aníbal: Anna, (1907-1987), a tia Alzira (1900-1984), de luto pela morte de vovô Joaquim e uma amiga. Lado Esquerdo em pé, de terno branco e gravata borboleta, tio Orlando (1914-1959). Lado Direito em pé, de calça branca, paletó e chapéu escuros, tio Joaquim (1905-1977) que está atrás de minha irmã Rachel (1930-2013) e minha irmã Ana Maria (1928-1999) sentadas ao lado de Raphael Luíz, (é filho de Washington Luís Pereira de Souza, 13º Presidente do Brasil), que era colega de tio Orlando no Largo São Francisco, que foi testemunha do nascimento em 1943, em Araraquara, de Washington Luís Pereira de Souza Neto, filho de Raphael Luiz. 




 


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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes