Texto feito por Anibal de Almeida Fernandes, fevereiro, 2021.





O scholar de Princeton, Stanley J. Stein, no livro Vassouras, a Brazilian Coffee County, 1850-1900, [Harvard Historical Studies], pg. 16, informa que os grandes clãs familiares de Vassouras eram: Correa e Castro, Werneck, Ribeiro de Avellar, Paes Leme, Teixeira Leite e Avellar e Almeida.





Manoel de Avellar e Almeida, 4ºavô de ANIBAL, L1M4-BSC, é o Patriarca da Família Avellar e Almeida de Vassouras, RJ, era dono da Fazenda Boa Vista do Mato Dentro conforme o Inventário de 1848, nº 435 da Caixa nº 90 do Centro de Documentação Histórica da Universidade Severino Sombra, de Vassouras informado no livro E o Vale era o escravo, do autor Ricardo Salles.


Vassouras, a Brazilian Coffee County, 1850-1900: pg. 41





Vassouras, Brazilian Coffee County, 1850-1900, pg. 81, palacete Barão Avellar e Almeida [esquerda], palacete Visconde Cananéia, [centro], palacete Barão Amparo [direita] = 1859



Vassouras, Brazilian Coffee County, 1850-1900, pg. 45, Decadência começa:





Vassouras, Brazilian Coffee County, 1850-1900, pg. 110 Estrada Ferro:





Palacete Ribeirão-Cananéia na Praça da Matriz, Vassouras, RJ.


Família Avellar e Almeida





Sua elegante arquitetura neoclássica resulta de várias reformas e acréscimos, feitas no local onde estava a casa do início do séc. XIX, de Manoel de Avellar e Almeida, 4º avô de Anibal, Patriarca da Família Avellar e Almeida, 4ºavô de Anibal, proprietário da fazenda Boa Vista do Mato Dentro, pai do Barão do Ribeirão, e avô do Barão de Avellar e Almeida, do Barão de Massambará, do Visconde de Cananéia, da 1ª Baronesa do Rio das Flores, da 1ª mulher do Barão de Werneck e bisavô do 2º Barão do Rio das Flores. O inventário de Manoel de Avellar e Almeida, (Centro de Documentação Histórica Severino Sombra, inventário nº 435, caixa 90), mostra que a casa original era simples e não tinha nada do aspecto neoclássico do Palacete reformado. Com a morte de Manoel de Avellar e Almeida, a 27/4/1848, a propriedade passou para o seu filho, o Barão do Ribeirão, (Decr. 22/6/1867), tio-trisavô de Anibal, que foi quem deu o aspecto atual ao Palacete, considerado o mais requintado exemplo de arquitetura neoclássica de Vassouras. Com a morte de Manoel de Avellar e Almeida, a 27/4/1848, a propriedade passou para o seu filho, o Barão do Ribeirão, (Decr. 22/6/1867), tio-trisavô de Anibal, que foi quem deu o aspecto atual ao Palacete, considerado o mais requintado exemplo de arquitetura neoclássica de Vassouras. Depois da morte do Barão do Ribeirão, o palacete passou para seu filho, o Visconde de Cananéia, (Decr. 18/9/1886), vulto de prestígio em Vassouras e na Corte Imperial. Em 1876, a Princesa Isabel e o Conde d’Eu vieram especialmente a Vassouras, a convite do então Barão de Cananéia hospedando-se no seu belíssimo palacete neoclássico. A cama onde dormiu o casal imperial tem a inscrição do fato na madeira da trave do leito, com a respectiva data, e hoje pertence a Alberto Avellar de Mello Affonso (+2010), último neto vivo do Barão de Avellar e Almeida e sobrinho-neto do Visconde de Cananéia. O Palacete foi transformado em Fórum, a 11/12/1895, quando já deixara de ser do Visconde de Cananéia. Em 1958, o palacete foi tombado pelo Patrimônio Cultural. No séc. XXI pertence à Prefeitura de Vassouras e é o Paço Municipal. Quando Aníbal esteve em Vassouras, (foto 1999), o palacete ameaçava ruir por conta de chuvas e cupins. A porcelana de festa na casa de meus avós Joaquim e Bernardina em Araraquara, SP, era Limòges = francesa. Nota: eu tenho um dos aparelhos de chá, que a tradição oral familiar diz que foi usado pela Princesa Izabel, na sua estada com o Conde d’Eu, no palacete do nosso primo o Visconde Cananéia, em 1876, para confirmar essa tradição, e evitar bazofia irreal, analisei as 37 marcas Limòges, desde o sec. XVIII, e encontrei a marca J. Pouyat, a partir de 1842, que é a única, entre as 37 marcas com o L na cor verde da marca, como está na minha louça, o que corrobora a tradição oral familiar)


 





Vassouras, Brazilian Coffee County, 1850-1900, pg. 215 Decadência cresce:





Vassouras, Brazilian Coffee County, 1850-1900, pg. 288, FIM:





 


BRASÃO da FAMÍLIA AVELLAR e ALMEIDA


Este Brasão foi concedido por Carta de Brasão em 1881, e está registrado no Cartório da Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil, Livro II, folhas 9/11, ao Barão de Avellar e Almeida, Decreto de 7/1/1881, cujo título está registrado no Livro X pág. 70 Seção Histórica do Arquivo Nacional. É um título concedido ad personam sul cognome, isto é, dado a uma pessoa específica e apoiado sobre o nome da família do titulado. Esta forma de título só é usada quando o Imperador deseja prestar homenagem também à família, dignificando-lhe o nome. O Brasão tem um pé de café e uma abelha como arma heráldica e pode ser usado pela Família Avellar e Almeida sem o Coronel (coroa) e a comenda, que são exclusivos do Barão e não são hereditários, conforme as leis de heráldica e do Direito Nobiliárquico: (Fonte Documental: Mário de Méroe, Estudos sobre o Direito Nobiliário, Centauro Editora, São Paulo, 2000, pgs: 25/26).


 Foto Registro familiar dos 100 anos de Vassouras - 1933





Vassouras 100 anos, 15/1/1933: Banquete comemorativo


Mário Arantes de Almeida, tio de Anibal, foi prestigiar Mauricio Paiva de Lacerda, (filho de Sebastião Lacerda c.c. Maria da Glória Avellar Barbosa dos Santos Paiva), Prefeito de Vassouras, c.c. nossa prima Olga Barbosa de Sá Avellar e Almeida, bisneta de Manoel de Avellar e Almeida, 4ºavô de Anibal, é filha de Bernardina, que é filha do Barão do Ribeirão (é irmã do Barão Massambará, Barão Avellar Almeida e do Visconde Cananéia). Olga c.c. Inácio de Souza Werneck (que é irmão do 2º Barão Ipiabas e da 2ª Viscondessa de Queluz e é sobrinho do 1º Visconde Ipiabas e do Barão Potengy).  


Maurício e Olga são pais de: Carlos Frederico (Avellar e Almeida) Werneck de Lacerda, (30/4/1914 – 21/5/1977), Governador do Rio de Janeiro.


Mário Arantes de Almeida, (1893-1958), trineto de Manoel de Avellar e Almeida, 4ºavô de Anibal, que estudou em Liège, Bélgica, (diploma-1913) advogado pelo Largo de São Francisco, (diploma-1923), presidente da OAB Seção de Araraquara, Prefeito de Araraquara [1931-1932], Vereador (diploma a 3/4/1936) e, foi correligionário político de seu primo Altino de Arantes Marques (Governador de São Paulo em 1916-1920), Armando de Salles Oliveira (Interventor em São Paulo em 1933-35, Governador de São Paulo, 1935-37) e Honório Monteiro (Presidente da Câmara dos Deputados, 1946, e Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio até 1950). Mário é nome de rua em Araraquara, SP. Mário é o único de óculos sentado na 4ª fila, olhando diretamente para o fotógrafo, sua cabeça está quase encoberta pelo homem de cabeça grisalha na 3ª fila, olhando para a esquerda, que é o 5º personagem da 3ª fila que não está com a cabeça virada para olhar o fotógrafo. Sua morte em 1958 recebeu uma manifestação da Câmara municipal de São Paulo





O verso da foto foi autografado por Carlos Lacerda em 31/3/1977, quando esteve com Anibal que foi mostrar-lhe a foto acima, na sua última viagem a São Paulo, pois morreu em 21/5/1977.






CONCLUSÃO

Os Avellar e Almeida hoje quase desaparecidos como nome, nesse resumo de dados coletados em vários documentos, livros de batismos, livros de casamento, artigos publicados pelo Instituto Genealógico Brasileiro, em livros de autores sérios e confiáveis que escreveram sobre a região, com o uso da memória de família através de fontes primárias, os Avellar e Almeida são pioneiros da cultura cafeeira desde o alvorecer do sec. XIX. Os descendentes de Manoel de Avellar e Almeida, diretos ou colaterais, os descendentes dessas outras famílias ligadas aos Avellar e Almeida, são convidados a conhecer nossa história para resgatar do passado a significativa e grandiosa história dos nossos maiores que, trabalharam muito e amealharam fortuna e prestígio, criando uma sofisticada sociedade de hábitos requintados, nas boas maneiras à mesa, no apuro do gosto musical, com as mulheres tocando piano e os homens violino, na cultura expressa na correta linguagem, sem vícios de pronúncia, na singeleza das relações familiares, sociedade essa que, infelizmente, não resistiu ao tempo, mas mesmo assim tem por obrigação se fazer conhecer para o mundo de hoje e para seus próprios descendentes os quais, muitas vezes, nada sabem desse digno e pujante passado, de nosso país, da nossa gente, das nossas famílias.


 

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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes