BRASÃO da FAMÍLIA AVELLAR e ALMEIDA
Barão de Avellar e Almeida, Decreto de 7/1/1881, foi um título concedido pelo Imperador Pedro 2º (Chefe da Casa Imperial) ad personam sul cognome, isto é, dado a uma pessoa específica e apoiado sobre o nome da família do titulado. Esta forma só é usada quando o Imperador deseja prestar homenagem também à família, dignificando-lhe o nome.
O Brasão foi requerido a 17/1/1881, foi concedido e passado por Carta de Brasão a 22/11/1881, e está registrado no Cartório da Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil, Livro II, folhas 9/11.
(atenção: o título sul cognome permite hoje em dia, caso haja brasão, o uso deste Brasão pelos familiares conforme a opinião dos estudiosos do direito heráldico brasileiro).
Anibal de Almeida Fernandes, Dezembro, 2009.
INTERPRETAÇÃO HERÁLDICA
Este Escudo de Armas deriva diretamente do Brasão da família AVELAR nas cores vermelho e ouro e estrelas em prata e do Brasão da família ALMEIDA nas cores vermelho e ouro.
A Banda diagonal vermelha com 3 estrelas de prata, postas em pala, representa trabalho árduo
A Abelha, à direita, simboliza a operosidade, confirmando o trabalho árduo.
O Cafeeiro, à esquerda, mostra a atividade do Barão de Avellar e Almeida, Laurindo de Avellar e Almeida, que era fazendeiro de café como toda a família AVELLAR e ALMEIDA que, além do Barão de Avellar e Almeida, tem mais outros 6 titulares:
Barão do Ribeirão, também tem brasão:
Barão de Massambará, Barão e Visconde de Cananéia, 2º Barão do Rio das Flores, a 1ª Baronesa do Rio das Flores e a 1ª mulher do Barão de Werneck, todos eles ligados à cultura cafeeira iniciada em 1780 na região fluminense.
A Divisa em latim VIRTUTE ET HONORE do Brasão significa VIRTUDE e HONRA, que é uma confirmação dos valores éticos e sociais da família Avellar e Almeida.
O Patriarca da família AVELLAR e ALMEIDA é Manoel de Avelar e Almeida, meu 4º avô casado com sua prima Susana Maria de Jesus, radicados no século XIX em Vassouras, RJ, que são pais de 10 filhos.
ENFOQUE HISTÓRICO
Foram concedidos 1.211 títulos a 986 titulares, apenas 0,0070% da população de 14 milhões), a diferença é porque alguns titulares tiveram mais que 1 título, nos 67 anos do Império do Brasil, (1º Reinado de 1822 a 1831 e o 2º Reinado de 1840 a 15/11/1889), prioritariamente aos fazendeiros (a maior parte cafeicultores), depois aos ocupantes de cargos públicos, aos comerciantes, aos negociantes e, por fim, aos intelectuais e capitalistas.
No Cartório de Nobreza e Fidalguia do Império do Brasil foram registrados apenas 239 brasões (apenas 0,0017% da população) que eram pagos á parte.
NOTAS:
1ª) 5 Brasões contem o pé de café, os Brasões:
dos Barões de Avelar e Almeida, Bemposta, Vargem Alegre e Silveiras
do Visconde de Aguiar Toledo.
2ª) 18 Brasões contém um único ramo de cafeeiro.
3ª) 38 Brasões têm divisa.
Fontes pesquisadas para estruturar esse trabalho:
Titulares do Império, Carlos Rheingantz, 1960.
As Barbas do Imperador, Lilian Schwarcz, 1996.
Anuário Genealógico Brasileiro (AGB): anos: I, II, III, IV,V,VII e IX.